Luso-venezuelanos prontos para votar nas presidenciais

A comunidade luso-venezuelana está pronta para participar nas presidenciais de 28 de julho, com a esperança de que a democracia local sairá fortalecida e o próximo Presidente da Venezuela fortaleça as relações com Portugal.

©Facebook de Maria Corina Machado

“É muito importante que se reforcem os laços (…) porque Portugal e a Venezuela são países irmãos, somos uma família. Temos de fazer que as autoridades, tanto de um lado como do outro, reforcem cada vez mais os laços comerciais, culturais, económicos, políticos e sociais”, disse um lusodescendente à agência Lusa.

João Manuel de Abreu, advogado, explicou que o voto é uma manifestação importante dos cidadãos, que “dá a oportunidade de ter a democracia que se quer ter”.

“Sim, estou pronto. Sempre vou votar porque acredito que devemos participar. É muito importante que os cidadãos de todos os setores se levantem cedo no dia 28 para votar”, frisou.

Sobre as expectativas, considerou que “cada processo eleitoral é diferente” e “todas as eleições são extremamente importantes, do ponto de vista da participação”.

“Todas convergem no facto de que o voto do cidadão dá origem a novas propostas, a uma nova sociedade, para os próximos seis anos de governo”, disse à Lusa.

Por outro lado, assinalou que em qualquer eleição “ganha a República, o país, a esperança”.

João Manuel de Abreu explicou ainda que a polarização política leva a que apenas dois dos 10 candidatos presidenciais sejam tidos com favoritos, com ampla diferença nas intenções de voto. “A polarização não é exclusiva da Venezuela, tem-se visto em muitos outros países”.

No entanto, advertiu que “essa forma de fazer política, que beneficia um ou outro lado, é prejudicial para o país”.

Sobre a comunidade portuguesa local, o advogado defendeu que tem estado sempre atenta às mudanças na participação política na Venezuela.

“Os portugueses têm sido tidos sempre como pessoas trabalhadoras, que procuraram ter oportunidades de progredir, de trabalhar e de desenvolver um projeto e um país. Conheço muitos portugueses. Em todos os lados onde vamos há sempre um português que ama a Venezuela e que quer sempre participar nas mudanças do país. Eles têm filhos e netos que já decidem, já votam, já participam na transformação política do país”, afirmou.

O advogado lusodescendente disse acreditar que os portugueses da Venezuela estão mais motivados para votar nos processos eleitorais venezuelanos, do que nos de Portugal.

Sobre a crise venezuelana, explicou que “os tempos difíceis conduzem a novos empreendimentos” e que “a Venezuela passou por um período muito difícil, em particular aquando da escassez de alimentos”.

“Foram tempos de desespero que forçaram muitos venezuelanos a abandonar o país (…) No entanto, já foram resolvidas algumas dessas situações e muitos portugueses têm criado alternativas comerciais, novas propostas de negócio e de empreendedorismo para o desenvolvimento económico sustentável do país”, disse.

No entanto, frisou, há ainda muitas coisas a enfrentar e corrigir na Venezuela.

“No dia 29 [um dia depois das eleições, já conhecidos os resultados], vai surgir uma Venezuela muito diferente, de transformação, empreendedorismo, garra, de novos horizontes e lideranças, de novos empresários, de novas propostas e pactos comerciais internacionais”, concluiu.

Por outro lado, a comerciante portuguesa Teresa Cabral disse à Lusa já ter verificado o recenseamento junto do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

“Estou recenseada, pronta para votar e recomendo a todos os cidadãos que votem, porque é bom e importante para a democracia e é um dever”, considerou.

Já nascida na Venezuela, Teresa Cabral acrescentou que a atual campanha eleitoral lhe parece igual às anteriores, com propaganda, marchas e comícios políticos.

Últimas do Mundo

O acordo de cessar-fogo no Líbano foi aprovado pelo Conselho de Ministros de Israel, revelou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Barbara Slowik, chefe da polícia de Berlim, na Alemanha, aconselhou judeus e pessoas “abertamente gays” a esconder a sua identidade e a ter “mais cuidado” em “bairros árabes”, uma vez que alguns moradores são hostis e “têm simpatia por grupos terroristas”.
Um jovem russo a cumprir uma pena por ter alegadamente queimado o Corão foi condenado a 13 anos e meio de prisão por traição a favor da Ucrânia, anunciou hoje um tribunal regional russo.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se hoje favorável a uma mudança na estrutura militar do país, de forma a “reduzir a burocracia” e a facilitar a gestão das tropas envolvidas na guerra contra a Rússia.
O papa Francisco apelou hoje aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais, durante a missa.
Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.