As promessas falhadas e as propostas nunca aceites para o Interior

50 anos de governos do PS e do PSD deixaram o Interior desta forma:
Principais Promessas:
1 – Acessibilidades IC6 e IC 7 e iC37. Estradas ligação da Serra da Estrela a Viseu. Estradas de ligação de Coimbra à Serra da Estrela e a Celorico da Beira. Prometidas desde 2009.
2 – IP3, que iria ser totalmente requalificação e transformado em auto-estrada.
Na 3.⁠ª promessa no mesmo sentido de Costa isso iria ser feito com o dinheiro do congelamento da carreira dos professores. Costa ameaçou demitir-se na campanha para as últimas eleições europeias se a “coligação negativa” descongelasse os professores.
3 – A Linha da Beira Alta seria renovada em 2020 e a sua reativação estendida até Viseu.
Estamos em 2024 e a linha contínua em obras e a extensão caiu no esquecimento.
4 – Saúde: Faculdade de Medicina prometida para Viseu foi levada para a Covilhã por José Sócrates. Radioterapia prometida para Viseu ficou a zero. Psiquiatria prometida para Viseu ficou a zero. Na última versão seria construída com verbas do PRR.
Médicos de família para o interior ficou a zero.
5 – Ensino: – Universidade Pública prometida há décadas. A zero. – Dinamização dos politécnicos do interior cada vez com menos procura e nota de entrada 9,5. Hoje em dia são frequentados na maioria por alunos dos PALOP. A zero. – Residências para Estudantes a zero.
6 – Justiça: – Deslocação do Centro de Estudos Judiciários previsto para Viseu afinal vai para Vila do Conde – mais uma vez os socialistas castigam os beirões levando mais um organismo público para o litoral e para uma autarquia PS.
Conclusão;
No Interior não há investimentos pelo governo central.
Propostas e projectos que ficaram sem resposta:
– Instituto Piaget, Centro Regional de Viseu da Universidade Católica e o Instituto Politécnico de Viseu têm em conjunto 7.200 estudantes, com destaque para quase 800 estudantes internacionais, que na Universidade Católica correspondem a 1/3 do número total de alunos, oriundos de 12 Países.
– Dos inúmeros projetos destaca-se a criação da futura Escola de Pós- Graduação na Universidade Católica e os projetos de serviço à comunidade e a ligação ao aeródromo (Escola de Aviação) por parte do Instituto Piaget com uma estratégia internacional de presença em vários Países da C.P.L.P.
– No Instituto Politécnico realça-se a importância da aprovação da proposta que permite ao ensino superior politécnico organizar doutoramentos – “Polytechnics University”, quer na atração de estudantes, atualmente 6.200, quer no reforço das parcerias com as empresas e outras Instituições da Região.
– A aposta na dinamização das unidades de investigação, a concretização do projeto do Centro de Tecnologia e Inovação, os investimentos de requalificação das residências universitárias e uma nova residência com 150 camas e um centro de estudos, e as novas instalações da Escola Superior Agrária.
Nenhum destes projectos se concretizou.
Todas as Instituições referem que os cursos têm altos índices de empregabilidade e que os estudantes valorizam imenso a qualidade de vida da cidade e a segurança, inclusive muitos deles referiram que a opção teve a ver com a referência de Viseu, como a melhor Cidade para Viver. O contributo das Instituições de Ensino Superior é decisivo para a formação de quadros e a dinamização e valorização do tecido empresarial, sendo um elemento fundamental para a afirmação e desenvolvimento do nosso Concelho e Região.
– Em reunião realizada a 09/08/2022, com o Conselho de Administração (C.A.) do CHTV – Centro Hospitalar Tondela Viseu, EPE (Entidade Pública Empresarial) foram abordados os investimentos previstos, os recursos existentes e eventuais constrangimentos e as perspetivas futuras.
– Em relação aos investimentos previstos estruturantes em termos de saúde para Viseu e a Região referiram o seguinte:
– Em relação ao agora designado, Centro de Ambulatório e Radioterapia, só falta a autorização de aprovação/utilização das verbas dos Fundos Comunitários por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), para lançamento do concurso, bem como foi esclarecido que não vai existir a valência de Medicina Nuclear; Este Centro nunca foi construído. E a respectiva licença caducou.
– “Foi transmitido pela Assembleia Municipal, que este Centro Oncológico é uma reivindicação antiga e unânime de todas as forças políticas e uma necessidade sentida por parte dos doentes e profissionais de saúde, e que espera agora, a necessária celeridade por parte da CCDR Centro, de modo a termos, rapidamente, o Centro ao serviço dos doentes e profissionais de saúde”.
– “Está em curso o processo para a construção do Novo Edifício para o Departamento de Psiquiatria, com verbas do P.R.R., mas constatámos que não está prevista a ligação ao Edifício Principal, que permitiria uma melhor articulação logística de serviços de conforto para os doentes e de resposta dos profissionais.” Esta unidade nunca foi construída.
– Em relação à cobertura de amianto existente no Edifício foi referido que está em curso a sua resolução. Mantém-se na mesma até hoje – Foi transmitido que vai ser necessário um grande investimento nos próximos anos, a nível dos equipamentos que se encontram em fim de vida e requerem substituição. Não existiu esse investimento.
– A nível dos recursos humanos o Conselho de Administração da ULS Viseu e Dão Lafões referiu carência a nível de técnicos superiores de saúde e de diagnóstico e terapêutica, não tendo, no entanto, autorização para contratação. E que há dificuldade de recrutamento de pessoal médico nalgumas especialidades, dando como exemplo a Urologia, Oftalmologia, Oncologia e Neurorradiologia. Os problemas mantêm-se até hoje.
– Foi referido também não haver qualquer problema com a elaboração de escalas do serviço de Ginecologia/Obstetrícia, havendo algumas dificuldades na elaboração das escalas da Urgência Geral e Pediátrica. Hoje não há urgências pediátricas à noite.
2 – A Dança Macabra das Ambulâncias.
(desde 1990 e da ULS da Guarda)
Em Viseu (e na Guarda ainda é pior!) Os problemas nunca se resolvem e as promessas são as mesmas em cada campanha eleitoral.
Os politécnicos do Interior e o Hospital da Guarda são um verdadeiro caso de Estudo. Os primeiros sem alunos nenhuns e o Hospital reduzido a uma plataforma giratória de ambulâncias na direção de Viseu e de Coimbra. Sem médicos.
Morrem centenas de portugueses por ano nas ambulância naquilo a que eu chamo: a “Dança Macabra das Ambulâncias”. Quando as famílias pensam que o seu doente está num determinado hospital, ele já correu mais 2 e morreu a caminho do 3.º Dezenas de milhares de portugueses são deixados morrer (ou à sua sorte) nesta Dança Macabra das Ambulâncias.
Recordo: 50 anos de PS e PSD deixaram o Interior desta forma. É a altura de melhorar e desenvolver o Interior que ocupa 5/6 do nosso território e ainda tem 3,5 milhões de pessoas (1/3 da nossa população) a viver. Sem transportes públicos, Sem Ensino Superior de Qualidade, sem Justiça, sem Cultura e sobretudo sem Saúde.

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