Austrália investe 514 milhões de euros para construir mísseis de conceção norueguesa

A Austrália anunciou hoje um investimento de 850 milhões de dólares australianos (514 milhões de euros) para construir uma fábrica de mísseis de desenho norueguês.

© D.R.

O projeto é uma parceria com a empresa de defesa norueguesa Kongsberg e trata-se da única fábrica de mísseis da empresa fora da Noruega, referiu em comunicado o Ministério da Defesa australiano.

A fábrica vai produzir mísseis anti-navio e de ataque terrestre e mísseis de cruzeiro polivalentes (JSM), com o objetivo de aumentar a capacidade e o alcance de defesa da Austrália no oceano.

Os mísseis JSM podem ser adaptados para serem instalados nos aviões de combate australianos F-35A.

O ministro da Defesa, Pat Conroy, afirmou que o investimento faz parte dos planos do Governo para reforçar os sistemas de defesa e vai dar à Austrália uma maior autonomia militar.

“Trata-se de investir na nossa indústria transformadora avançada de alta tecnologia e de desenvolver a nossa base industrial de defesa soberana em áreas que foram identificadas como prioridades estratégicas”, afirmou Conroy.

Nos últimos anos, a Austrália intensificou a defesa e cooperação militar com aliados como os Estados Unidos e o Reino Unido, numa altura de tensões crescentes com Pequim no mar do Sul da China e em Taiwan, território reivindicado pelas autoridades chinesas.

No início deste mês, Camberra e Washington anunciaram um aumento da presença de tropas norte-americanas na Austrália, bem como um compromisso para as forças australianas começarem em 2025 a fabricar mísseis guiados com o apoio dos EUA.

Em 2021, a Austrália assinou o pacto de segurança AUKUS com os EUA e o Reino Unido, considerado pela China uma ameaça à estabilidade regional.

O acordo inclui a aquisição e o desenvolvimento de submarinos nucleares em aliança e pretende fortalecer a presença estratégica dos parceiros na região do Indo-Pacífico.

Últimas do Mundo

Centenas de banhistas parisienses deram hoje um mergulho no Sena pela primeira vez desde 1923, o culminar de uma limpeza do icónico rio da capital francesa que começou com os Jogos Olímpicos de 2024.
A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 5 de agosto, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A ilha italiana da Sicília vai acolher o primeiro centro de formação para pilotos de caças F-35 fora dos Estados Unidos, anunciou hoje o ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.