Uma das características mais marcantes do partido CHEGA é o facto de que consubstancia no contexto político nacional uma dimensão dupla, que se expressa em duas vertentes complementares e interdependentes.
Por um lado, encerra um pensamento sólido, estruturado, consistente e, acima de tudo, reformista, cujo objetivo último é a reconfiguração profunda da política e da governação. Nesse âmbito, o CHEGA ambiciona resgatar a população de décadas de gestão irresponsável e míope, que a empurrou para a pobreza e para o desespero, abrindo caminho para a fundação de uma IV República, onde não haverá espaço para as redes de interesses e corrupção que têm asfixiado o país, debilitando o seu desenvolvimento e corroendo a sua sustentabilidade.
Por outro lado, o CHEGA é detentor de uma metodologia e de um estilo de acção inconfundíveis, que têm vindo a definir o partido como uma força de inegável cariz popular, profundamente enraizada no sentir das pessoas, atenta às suas preocupações e em total sintonia com os seus desejos de mudança. A sua aproximação ao eleitorado distingue-se pelo facto de o CHEGA ser intrépido na luta pela libertação dos cidadãos das amarras dos esquemas e do situacionismo que têm destruído a política nacional. Ao agir desta forma, o CHEGA assume-se como uma organização que rejeita categoricamente o conformismo e que se opõe ao ‘mais do mesmo’ que tanto tem seduzido e capturado os partidos do sistema.
Esta dupla dimensão expressa-se na defesa acérrima de certos princípios, entre os quais cinco merecem destaque, nomeadamente a autonomia da sociedade civil (entendida como pilar essencial de uma democracia madura), uma política de reformas (que não se contenta com paliativos, mas propõe uma transformação das instituições e do funcionamento do Estado), a clarificação da relação entre o Estado e a economia (promovendo um modelo que privilegie a iniciativa privada e a competitividade, ao mesmo tempo que garante um enquadramento regulatório justo e eficaz), a modernização do país (que deve ser célere e ancorada na transparência) e a luta pelos valores e princípios que definem a nossa Identidade Nacional (tida como indispensável para a construção de um Portugal mais coeso, justo e próspero, ainda mais face às ameaças internas e externas que procuram diluir as características distintivas da nossa Nação).
Neste contexto, o CHEGA não tem qualquer problema em sublinhar que, quanto mais nos apegamos à defesa da Democracia e da Portugalidade, mais necessário é denunciar a verdade sobre a nossa situação e assumir, sem tibiezas, a implementação de reformas profundas, que rompam com o marasmo característico dos partidos do regime, pois só essa denúncia clara, doa a quem doer, juntamente com a recusa de colaborar no teatro das soluções falsas, pode permitir ainda salvar Portugal.
Aliás, é imperativo romper com a inércia que caracteriza o panorama político actual, recusar a política da dissimulação e apostar numa via reformista que vença os desafios que amordaçam Portugal. Ao adotar esta postura de clareza, transparência e coragem, o CHEGA expressa-se como a única via capaz de refundar a República e devolver a esperança a um povo desiludido e cansado de promessas vãs.