Telegram altera as suas regras para colaborar mais com a justiça

O Telegram modificou as suas regras de moderação para colaborar mais com as autoridades judiciais, revelou hoje o fundador e responsável pela rede social, Pavel Durov, indiciado em França pela publicação de conteúdos ilegais na sua plataforma.

© D.R.

“Esclarecemos que os endereços IP e os números de telemóvel daqueles que violam as nossas regras podem ser comunicados às autoridades em resposta a pedidos judiciais válidos”, referiu Durov, através do seu canal Telegram.

O objetivo é “dissuadir ainda mais os criminosos de abusarem das nossas regras”, frisou.

Este empresário, que tem nacionalidade russa, mas também francesa e dos Emirados Árabes Unidos, afirmou que o Telegram implementou uma série de medidas, especialmente para “pessoas que não respeitam as nossas regras para vender produtos ilegais”.

Fundado em 2013, o serviço de mensagens, que sempre afirmou respeitar as leis europeias, comprometeu-se desde o seu início a nunca revelar informações sobre os seus utilizadores.

As regras anteriores apenas previam a colaboração com o sistema de justiça no caso de um utilizador ser declarado “suspeito de atividades terroristas” por um tribunal.

Detido no final de agosto em França, Pavel Durov foi acusado de inúmeros crimes ligados à sua aplicação de mensagens e está proibido de sair do território francês.

Numa longa mensagem na sua plataforma no início de setembro, o bilionário de 39 anos considerou surpreendente ser responsabilizado por conteúdos publicados por outras pessoas.

Durov, no entanto, reconheceu que o aumento acentuado do número de utilizadores do Telegram – que estima em 950 milhões em todo o mundo – gerou uma situação que “tornou mais fácil para os criminosos abusarem da plataforma”.

O patrão do Telegram prometeu agora fazer da moderação das suas mensagens “um motivo de orgulho”, tendo já anunciado, em 06 de setembro, uma primeira ronda de medidas destinadas a fortalecê-la.

Entre as novidades destacadas por Pavel Durov está a função de geolocalização “Empresas Próximas”, que apresentará apenas “empresas legítimas e verificadas”, em vez de “Pessoas Próximas” que permitia entrar em contacto com utilizadores localizados nas proximidades.

Últimas do Mundo

As forças de segurança italianas detiveram hoje de madrugada em Nápoles (centro-sul de Itália) um cidadão marroquino, alegadamente ligado à organização terrorista Estado Islâmico, que já tinha manifestado intenção de efetuar um atentado com arma branca.
Cerca de 800 migrantes chegaram nas últimas 24 horas a El Hierro, Tenerife e Grande Canária, em Espanha, a bordo de pequenas embarcações, informaram esta quarta-feira as autoridades locais.
Pelo menos 25 pessoas morreram e outras 17 ficaram feridas na Indonésia devido a várias avalanches ocorridas nas últimas horas em Bali e Java, devido a fortes chuvas, que começaram no domingo.
O novo Presidente norte-americano assinou uma ordem executiva para retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS), um organismo que Donald Trump tinha criticado duramente pela forma como lidou com a pandemia.
A China executou hoje o autor de um ataque por atropelamento que matou 35 pessoas na cidade de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, em novembro, informou a imprensa estatal.
O Papa Francisco saudou hoje, na Praça de São Pedro, em Roma, a libertação de presos anunciada pelo Governo cubano após mediação do Vaticano, classificando-a como “um gesto de grande esperança”.
A Polónia arrancou com a construção do “Escudo Oriental” nas fronteiras com a Rússia e Bielorrússia, um muro com diferentes tipos de barreiras e obstáculos, estruturas antitanque, sistemas de vigilância e possivelmente minas, para proteger-se de uma eventual invasão.
O Presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, disse hoje que na última semana a Rússia atacou o país com 1.370 sistemas aéreos, incluindo drones, bombas e mísseis.
O papa Francisco saudou hoje o acordo de cessar-fogo em Gaza e incentivou a comunidade internacional a ajudar Israel e a Palestina a encontrarem uma “solução justa” de dois Estados que permita a reconciliação.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11:15 locais (9:15 em Lisboa), anunciou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.