Portugal atravessa um momento de destape e busca dos próximos candidatos a Presidente da República, que será crucial para o futuro do nosso país. Nos últimos tempos, assistimos a uma perigosa tendência de politizar as figuras públicas com base na popularidade televisiva, nas sondagens manipuladas e nas audiências em redes sociais, como se estivéssemos a escolher uma estrela de entretenimento e não o líder da nação. O caso do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é um exemplo claro desta realidade. Um homem que ganhou notoriedade como comentador televisivo e que, durante o seu mandato, parece mais preocupado em passeios, beijos e momentos de ternura para as câmaras do que em enfrentar as questões que realmente afligem o país.
Recentemente, assistimos a uma série de acontecimentos que levantam sérias dúvidas sobre o compromisso de Marcelo com a segurança e bem-estar dos portugueses. A fuga de cinco reclusos de alta perigosidade da prisão de Vale de Judeus é um desses exemplos. Perante um evento que deveria ter alarmado as autoridades e gerado uma resposta firme e imediata, o Presidente pede calma e sugere que não se crie alarme. Mas onde está a preocupação com a ordem pública? Onde estão as críticas à falta de ação da atual Ministra da Justiça ou dos seus antecessores? O silêncio de Marcelo sobre a incompetência na gestão deste, caso é ensurdecedor e preocupante.
Mas não é apenas a segurança que está em jogo. A questão da imigração, um tema sensível e que afeta diretamente o tecido social e económico de Portugal, foi recentemente descartada por Marcelo ao recusar uma audiência ao presidente do Chega, André Ventura. A imigração descontrolada, a falta de integração de muitos imigrantes e o impacto que isso tem nos serviços públicos e na qualidade de vida dos portugueses comuns são temas que merecem uma discussão séria. No entanto, para o Presidente, este parece ser mais um tema secundário, sem urgência. Marcelo prefere continuar a sua rotina de interações superficiais, enquanto ignora os problemas profundos que afetam o país.
Esta tendência de desvalorização das questões reais, em prol de uma imagem de popularidade mediática, é preocupante. E a situação agrava-se quando vemos que as forças políticas estão a procurar candidatos para a presidência com base nas suas audiências e popularidade nas redes sociais. A esquerda e o PS, por exemplo, têm andado a explorar quais os comentadores e comentadoras com maior audiência, como se a presidência fosse um palco de espetáculo. A AD, nas eleições europeias, chegou mesmo a colocar um comentador como cabeça de lista, num claro sinal de que os tempos mudaram e agora os líderes não são escolhidos pela sua competência, mas pela sua capacidade de gerar likes e visualizações.
Portugal merece mais. O próximo Presidente da República deve ser alguém que verdadeiramente compreenda as dificuldades do povo português, alguém com os pés no chão, em contacto com a realidade, e que coloque o país acima das sondagens e das modas das redes sociais. O nosso povo não vive de TikTok, nem de vídeos bem editados. Os portugueses enfrentam diariamente uma realidade dura, com salários baixos, dificuldades no acesso à saúde, insegurança crescente e uma economia em constante declínio. Precisamos de um líder que seja capaz de enfrentar esses desafios, não de alguém que se preocupe mais com a sua popularidade mediática.
O próximo Presidente deve ser alguém que entenda o valor do trabalho árduo, que defenda os costumes e tradições de Portugal, e que seja capaz de liderar com integridade e coragem. Chegou o momento de deixar de lado as escolhas baseadas em audiências e likes, e de escolher um Presidente que tenha a verdadeira vontade de lutar por um Portugal melhor, por um Portugal real.
Porque o nosso país merece mais do que ser governado por quem só se preocupa com a imagem e as sondagens.