Todos assistimos ao episódio que foi protagonizado por André Ventura, presidente do Partido CHEGA e pelo Primeiro Ministro de Portugal, Luís Montenegro.
A bem da verdade, porque essa é apenas uma, é bom entender alguns factos em torno de tudo isto:
As cinco reuniões terão mesmo acontecido, já que por um lado o Senhor Primeiro-Ministro acaba não as contestando, e ademais seria certamente muito fácil provar, entre outras coisas prováveis pelo testemunho dos motorista e segurança que sempre acompanham André Ventura, e assim certamente o terão feito na deslocação à residência oficial em S. Bento;
André Ventura, apenas revela estas reuniões e o seu propósito, em reação a uma entrevista em que Luís Montenegro destrata vergonhosamente o CHEGA, o seu Líder e assim 1,2 milhões de portugueses que votaram neste partido nas últimas legislativas;
Perante a revelação da primeira parte do que estava em cima da mesa, na TVI/CNN, o Primeiro-Ministro foi lesto a responde na rede “X”, afirmando ser uma mentira motivada por desespero, imagine-se…
Porém, quando numa grande entrevista ao Canal “Now”, André Ventura abre mais o jogo, Luís Montenegro, por alguma razão, opta por não voltar a desmentir.
Perante os factos, e depois de diversos comentadores e jornalistas terem sido parciais na análise, sem, contudo, estarem de posse dos elementos todos, André Ventura desafia o Primeiro-Ministro a processá-lo, por forma a que no local certo, pudesse apresentar as provas do que disse. A esse repto, Luís Montenegro mantém o silêncio, afirmando apenas que o seu foco não está nesse hipotético processo legal…
Pelo meio, Pedro Nuno Santos levanta uma questão importante: Será que para repetir um “não é não”, agora a propósito do Orçamento de Estado e de um eventual futuro acordo de Governo, não bastaria uma única dessas cinco reuniões?… Pelo impasse, é caso para dizer: agora pensem!
Certo é que mentir aos portugueses é uma prática que deve ser penalizada em eleições num exercício que deve ser de memória efectiva e de longa duração.