Frente Sindical vai assinar acordo da Função Pública até 2028

A Frente Sindical, liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), vai assinar o novo acordo plurianual proposto pelo Governo, que assegura aumentos mínimos a todos os funcionários públicos até 2028, revelou Maria Helena Rodrigues à Lusa.

© LUSA/MIGUEL A. LOPES

“A decisão do STE é de assinatura do acordo”, afirmou a presidente do sindicato em declarações à agência Lusa, depois de uma reunião para discutir o assunto.

O sindicato liderado por Maria Helena Rodrigues junta-se, deste modo, à Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), que, na segunda-feira, já tinha indicado à Lusa que estava disponível para subscrever o acordo proposto pelo Governo para a valorização dos trabalhadores da Administração Pública e que contempla um horizonte temporal até 2028, dado que o atual só vigora até 2026.

À saída da reunião suplementar, na segunda-feira, estes dois sindicatos, afetos à UGT, já tinham sinalizado que o facto de haver um acordo que contemple toda a legislatura traria mais segurança aos funcionários públicos.

“Sempre dissemos aos sindicatos como aos trabalhadores que representamos que é preferível um acordo que nos dê garantias de estabilidade em respeito ao futuro, do que deixarmos as coisas por aí sem saber com o que podemos contar”, sublinhou José Abraão.

De fora da assinatura deste acordo fica a Frente Comum, que justificou a decisão com o facto de não estar disposta a patrocinar uma política de empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública e de degradação dos serviços”.

Este sindicato, afetado à CGTP, já tinha ficado de fora do acordo assinado com o anterior Governo.

Segundo os sindicatos, o Governo mexeu na proposta de aumentos para 2025 e 2026, propondo, na reunião suplementar, um aumento de, pelo menos, 56,58 euros (a proposta anterior era de 55,26 euros) para vencimentos brutos mensais de até 2.620,23 euros e um mínimo de 2,15% (a proposta anterior era de 2,10%) para ordenados superiores.

Já para 2027 e para 2028, o Governo propôs aumento de 60,52 euros ou um mínimo de 2,3% (antes a proposta previa aumentos de 57,89 euros ou um mínimo de 2,2%).

Tendo por referência o valor mínimo de aumento para 2025, tanto a Fesap como o STE conta que a remuneração base da Administração Pública (vulgarmente conhecida por salário mínimo do Estado) avance para 878 euros, acima dos 875 euros que o Governo já tinha sinalizado.

Segundo os sindicatos, a proposta do Governo prevê ainda um “aceleração” do calendário previsto para a revisão das carreiras não revistas, bem como um aumento de cerca de 5% nas ajudas de custo.

Segundo o secretário-geral da Fesap, desta forma, estas avançam para os 49,27 euros até à posição remuneratória 9, para os 53,60 euros nas posições remuneratórias 9 a 18 e para os 65,89 euros a partir da posição remuneratória 18.

Já as ajudas de custo no estrangeiro avançam para (pela mesma ordem das posições remuneratórias) 117,47, 138,12 e 156,36 euros.

Últimas de Economia

Cerca de 14% dos trabalhadores em Portugal considera ter classificações académicas excessivas para o trabalho que desenvolve, revela a OCDE, que acrescenta que 41% se sente "desajustado" por não trabalhar na área para a qual estudou.
O Natal representa 30% das vendas de bacalhau, mas esta tradição pode ser afetada pelo preço, que corre o risco de atingir máximos em 2025, numa altura em que a indústria enfrenta “desafios históricos”, defenderam os industriais do setor.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) assinou um protocolo com 17 empresas de investimento, tendo em vista um mecanismo para a resolução alternativa de litígios, segundo foi hoje anunciado.
A Lufthansa Technik anunciou hoje a instalação de uma fábrica de reparação de peças de motores e componentes de aviões em Santa Maria da Feira, Aveiro, com 700 postos de trabalho e início da produção previsto para final de 2027.
O vice-presidente da Frente Cívica, João Paulo Batalha, considerou que a corrupção de decisores políticos continua tabu na discussão pública em Portugal.
Em Portugal foram criadas 47.117 novas empresas até novembro, uma descida de 2,8% face ao mesmo período do ano passado, avançou hoje a Informa D&B.
As licenças emitidas para construção nova e reabilitação de edifícios habitacionais cresceram 2,3% até setembro, em termos homólogos, enquanto os fogos licenciados em construções novas recuaram 1,4% e o consumo de cimento subiu 2,6%, segundo a AICCOPN.
O índice mundial de preço dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) subiu em novembro de 2024 para o nível mais elevado desde abril de 2023, mais 0,5% do que em outubro.
As taxas máximas dos cartões de crédito e linhas de crédito foram fixadas em 19,2% para o primeiro trimestre de 2025, mais 0,1 pontos percentuais do que no trimestre atual, anunciou esta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).
A aliança OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, decidiu hoje prolongar por três meses os cortes de produção acordados por oito países membros para apoiar os preços do petróleo, e reintroduzi-los mais lentamente a partir de abril.