CHEGA abdica do aumento salarial para políticos. É a primeira vez que acontece em democracia

O Presidente do CHEGA afirmou, esta quinta-feira, que o seu grupo parlamentar irá abdicar do aumento salarial para políticos, decorrente do fim do corte salarial dos titulares de cargos políticos, em vigor desde a entrada da Troika em Portugal, algo sem precedentes.

© Folha Nacional

A declaração foi feita durante o debate em plenário sobre esta proposta orçamental, quando o CHEGA se manifestou contra a medida e o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, lançou o desafio ao grupo parlamentar do partido liderado por André Ventura para abdicar dos referidos 5% de aumento salarial.

“Nós prescindimos todos. Deputado Hugo Soares, já que lançou o desafio, o país vai saber e ainda bem que vai saber. Porque nós vamos e estamos dispostos a prescindir dele. Queremos ver se a bancada do PSD, do CDS, do PS e do PCP estão também dispostos a prescindir”, desafiou Ventura.

Hugo Soares argumentou que, ao opor-se à reposição dos salários, o CHEGA está a dizer que os políticos “não são dignos de ter o salário por inteiro.” Contudo, para André Ventura antes dos políticos estão os portugueses.

“Enquanto este país não tiver salários decentes, os políticos também não devem ter salários decentes”, frase recorrentemente utilizada por Ventura.

As propostas para pôr fim ao corte de 5% nos vencimentos dos políticos serão votadas ainda esta quinta-feira, e a líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, já garantiu que os socialistas votarão favoravelmente a proposta do PSD.

PS e PSD, os dois partidos mais mencionados em casos de corrupção no país, têm sido acusados de “andar de mãos dadas” por se unirem na aprovação da proposta orçamental e, agora, na viabilização do aumento dos seus salários.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA desafiou hoje o Governo a comprometer-se com uma descida dos impostos sobre os combustíveis, pedindo ao executivo que dê essa garantia ainda antes da discussão do Orçamento do Estado para o próximo ano.
O deputado do CHEGA Pedro Pinto vai voltar a ser candidato a líder parlamentar, cargo que desempenha desde 2022, enquanto as deputadas Rita Matias e Cristina Rodrigues serão vice-presidentes, disse à Lusa fonte oficial do partido.
O líder do CHEGA, André Ventura, mostrou-se hoje disponível para negociar com o Governo as anunciadas alterações à lei da nacionalidade, que considerou insuficientes, reclamando que o executivo deu razão ao seu partido.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que a Europa "não deve permitir que o Irão tenha armas nucleares" e defendeu que, "às vezes, a força tem de ser a melhor garantia da paz".
O Governo português anunciou esta segunda-feira o alargamento dos prazos para atribuição da nacionalidade para sete anos de residência legal, no caso de cidadãos lusófonos, e de 10 anos de oriundos de outros países.
O Governo admite recorrer ao programa europeu de 150 mil milhões de euros em empréstimos a condições favoráveis para reforço da defesa, defendendo também aquisições conjuntas na UE, nomeadamente para venda de um avião militar produzido em Portugal.
O Presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor de forma potestativa uma comissão de inquérito parlamentar sobre a ação dos últimos governos PS e PSD/CDS na atribuição de nacionalidade e residência a cidadãos estrangeiros.
O Prior Velho, como tantos outros lugares em Portugal, foi pintado de vermelho “não há um ano ou há mais de um mês”, mas nesta terça-feira. E “onde estava o Governo?”.
Foi preciso um avião cair na Índia para se tomar conhecimento de que existem pessoas com nacionalidade portuguesa, "sem nunca terem pisado solo lusitano".
O Presidente do CHEGA, André Ventura, assegurou hoje que o Governo pode contar com o "pragmatismo e responsabilidade" do seu partido em matérias de Defesa e defendeu uma maior autonomia da União Europeia nesta matéria.