Presidente francês anuncia conferência em Paris para reconstrução do Líbano

O Presidente francês, Emmanuel Macron, manifestou hoje o seu apoio aos novos dirigentes libaneses e anunciou a organização de uma conferência internacional em Paris “dentro de algumas semanas” para ajudar a reconstruir o Líbano.

© facebook de Emmanuel Macron

“Desde 09 de janeiro, em pleno inverno, surgiu a primavera”, declarou o chefe de Estado francês ao seu homólogo libanês, Joseph Aoun, eleito pelo parlamento nesse dia, pondo fim a um vácuo de poder que durou mais de dois anos, desde o fim do mandato do último chefe de Estado.

“E o primeiro-ministro indigitado está a tornar esta esperança uma realidade ao seu lado”, acrescentou o Presidente francês, referindo-se a Nawaf Salam, nomeado primeiro-ministro do Líbano no dia 13, e encarregado de formar um novo governo.

“Assim que o Presidente venha a Paris, dentro de algumas semanas, organizaremos à sua volta uma conferência internacional para a reconstrução, a fim de mobilizar fundos para o efeito”, acrescentou o Presidente francês.

Emmanuel Macron considerou ainda que “a comunidade internacional [deve] antecipar um apoio maciço à reconstrução das infraestruturas” no Líbano, que atravessa uma crise económica sem precedentes desde há cinco anos.

Há mais de um ano que o Líbano tem sido palco de uma guerra entre as forças israelitas e o grupo xiita libanês Hezbollah, aliado do antigo regime da Síria e do Irão, suspensa por um frágil acordo de cessar-fogo de 60 dias assinado no final de novembro.

O Presidente francês apelou a que a implementação deste acordo fosse “acelerada” dentro da data limite de 26 de janeiro.

“Foram alcançados resultados, mas estes devem ser acelerados e confirmados ao longo do tempo. É necessária uma retirada total das forças israelitas e o monopólio total das armas por parte do exército libanês”, sublinhou.

“O mecanismo de controlo [do acordo], do qual a França faz parte, deve garantir a aplicação estrita dos compromissos assumidos pelas autoridades israelitas e libanesas no âmbito do acordo e nos prazos fixados”, acrescentou Macron.

Macron indicou que também se iria encontrar com o secretário-geral da ONU, António Guterres, que também se encontra no Líbano.

Guterres chegou ao Líbano na quinta-feira para uma visita de solidariedade, tendo, logo à chegada, destacado a “janela que se abriu para uma nova era de estabilidade institucional” no país.

Nos termos do cessar-fogo, o Hezbollah deverá retirar as suas forças a norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira entre o Líbano e Israel, e desmantelar quaisquer infraestruturas militares remanescentes no sul do país.

O acordo prevê ainda que o exército libanês se deve posicionar ao lado das forças de manutenção da paz no sul, de onde o exército israelita se deve retirar até 26 de janeiro.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.