Quatro destas mulheres – Liri Albag, Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, todas militares – tinham sido libertadas na segunda troca como parte do acordo de cessar-fogo em Gaza, em 26 de janeiro, e deixaram hoje o Hospital Beilinson.
Ao saírem do hospital, as jovens saudaram os cidadãos israelitas que as esperavam nas ruas com aplausos e gritos de alegria a partir dos seus carros, juntamente com os seus pais.
Além disso, alguns vizinhos também se reuniram perto das casas das raparigas com bandeiras e faixas israelitas para lhes dar as boas-vindas.
“Estamos muito entusiasmados. Vamos lutar pelo regresso de todas as raptadas”, disse Albag, emocionada, ao popular Canal 12 de Israel, à saída do hospital.
Também a refém Arbel Yehud, que tinha sido libertada na quinta-feira, saiu hoje do hospital, de acordo com um anúncio do Kibbutz Nir Oz, a comunidade agrícola perto da fronteira de Gaza onde ela vivia.
A outra jovem militar, Agam Berger, que também foi raptada pelas milícias palestinianas e libertada na quinta-feira, permanecerá sob vigilância médica durante mais alguns dias.
Todas as jovens, com idades entre os 19 e os 20 anos, foram capturadas a 7 de outubro de 2023, durante o ataque do Hamas à base militar de Nahal Oz, a um quilómetro da Faixa de Gaza, onde cumpriam o serviço militar obrigatório como observadoras.
Segundo o Canal 12, as quatro mulheres pediram para voltar a servir no exército israelita. Para já, o seu pedido foi recusado porque as Forças de Defesa de Israel consideram que precisam de mais tempo para recuperar “e que ainda é muito cedo”.
O mesmo aconteceu com o soldado Ori Megidish, também raptado da base de Nahal Oz, que foi resgatado pelo exército em outubro de 2023 e que, depois de regressar a casa, pediu para voltar a integrar o exército. Quatro meses mais tarde, Israel autorizou-o.
Quinze mulheres conhecidas como “os olhos de Israel” morreram na base de Nahal Oz durante o ataque do Hamas que matou 1.200 pessoas, enquanto sete foram levadas para Gaza, uma das quais morreu em cativeiro.
Israel e o Hamas assinaram em Doha, a 19 de janeiro, o atual acordo de cessar-fogo em Gaza, que permitiu a libertação das cinco mulheres soldados que ainda se encontravam detidas como reféns.
Uma nova troca de reféns por prisioneiros palestinianos deverá ter lugar este sábado, como estipulado no acordo.