Bruxelas anuncia flexibilização a multas ambientais na Indústria automóvel

A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje, em Bruxelas, um mecanismo de flexibilidade para evitar que os fabricantes de automóveis que se atrasem nos seus objetivos de redução das emissões de CO2 tenham de pagar multas este ano.

© D.R

A líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, destacou que o mecanismo implica ter em conta as emissões ao longo de três anos, de 2025 a 2027, em vez de apenas um ano, o que dará tempo aos mais atrasados para recuperarem o atraso, sem penalizar os bons desempenhos que receberão, eles próprios, um crédito de emissões.

“Os objetivos continuam a ser os mesmos, mas isto significa mais flexibilidade para a indústria”, afirmou a presidente da Comissão, em declarações aos jornalistas no âmbito do Diálogo estratégico para o futuro da indústria automóvel.

“Temos de ouvir as vozes das partes interessadas que pedem mais pragmatismo nestes tempos difíceis e neutralidade tecnológica, especialmente no que se refere aos objetivos para 2025 e às respetivas sanções em caso de incumprimento”, referiu.

“Proporei este mês uma alteração específica ao Regulamento relativo às normas de CO2: em vez do cumprimento anual, as empresas terão três anos – este é o princípio da banca e da contração de empréstimos”, salientado, todavia, que os permanecem os mesmos e têm de ser cumpridos.

“Significa mais espaço de manobra para a indústria e mais clareza, e sem alterar os objetivos acordados”, reiterou.

A indústria automóvel europeia enfrenta este ano multas que poderão atingir um total de 16 mil milhões de euros, segundo estimativas do setor, por não ter cumprido a atual regulamentação, que exige que os automóveis vendidos em 2025 emitam menos 15% de CO2 do que em 2021.

Este objetivo aumentará para 55% em 2030 e 100% em 2035.

Últimas de Economia

Os preços homólogos das habitações aumentaram, no primeiro trimestre, 5,4% na área do euro e 5,7% na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar o maior aumento (16,3%) entre os Estados-membros, divulga hoje o Eurostat.
Os clientes dos bancos estão a celebrar com maior frequência empréstimos à habitação com taxas de juro mistas, tipologia que abrangeu mais de 80% do total de novos contratos em 2024, segundo o Banco de Portugal.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Altice disseram hoje que as rescisões na empresa já abrangeram cerca de 200 pessoas, segundo um comunicado hoje divulgado.
As transferências de clientes com contas bancárias em Portugal para instituições financeiras localizadas em paraísos fiscais aumentaram em 2024 para cerca de 8.000 milhões de euros, segundo dados publicados no Portal das Finanças.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou em 2024 um défice de cerca de 1.377 milhões de euros, representando uma deterioração de 741 milhões relativamente a 2023, anunciou hoje o Conselho das Finanças Públicas (CFP).
O reembolso do IRS totalizou 1.377,4 milhões de euros até maio, abaixo dos 2.020,6 milhões de euros reportados no mesmo período do ano passado, indicou a síntese de execução orçamental.
O Tribunal de Contas (TdC) anunciou hoje que concedeu o visto ao contrato do INEM para o transporte aéreo de emergência médica, no âmbito do concurso público que prevê a operação de quatro helicópteros pela empresa Gulf Med.
O valor do Adicional ao IMI totalizou 154,5 milhões de euros em 2024, um aumento de 5,68% face ao ano anterior, segundo dados da Autoridade Tributária.
A meia dúzia de ovos ficou mais cara quase 28% desde janeiro, atingindo os 2,06 euros no final de junho, segundo dados da Deco enviados à Lusa.
Os hóspedes e as dormidas no setor do alojamento turístico aumentaram 2,6% e 1,3% em maio, em termos homólogos, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).