Fiequimetal acusa EDP de desprezar insatisfação dos trabalhadores

A Fiequimetal acusou a EDP de desprezar a insatisfação dos trabalhadores, por não ter em cima da mesa a sua valorização, enquanto aumenta em mais de 20 milhões de euros os dividendos a distribuir aos acionistas.

© D.R.

“O que deveria estar em cima da mesa seria a resolução de um dos problemas estruturais da empresa, expressos em mais um Estudo do Clima, levado a cabo pela administração, mas que afinal parece não servir para nada, já que os maus resultados, visíveis na insatisfação demonstrada pelo seu mais importante ativo, os trabalhadores, é totalmente desprezada”, referiu a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, elétrica, Energia e Minas (Fiequimetal), em comunicado.

No final de fevereiro, a EDP reportou um lucro de 801 milhões de euros em 2024, menos 16% do que no ano anterior, e anunciou que vai propor à Assembleia Geral de Acionistas um aumento de 3% do dividendo relativo ao ano passado, no valor de 20 cêntimos por ação, acima dos 19,5 cêntimos previamente definidos como objetivo.

A Fiequimetal considera que a EDP “tem todas as condições reunidas, capital incluído, para promover a valorização de quem trabalha”, promovendo uma reformulação nas carreiras e a melhoria dos salários, mas “parece faltar uma coisa que acaba por ser talvez o mais importante, mas também fácil: vontade política para o fazer”.

Últimas de Economia

O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.
Os títulos de dívida emitidos por entidades residentes somavam 319.583 milhões de euros no final de novembro, mais 1.200 milhões de euros do que no mês anterior, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A taxa de juro no crédito à habitação encontradau 4,7 pontos para 3,133% entre outubro e novembro, mas nos contratos celebrados nos últimos três meses a taxa levantada pela primeira vez desde abril, segundo o INE.
Sete em cada 10 jovens dizem não conseguir ser financeiramente autónomos e a maioria ganha abaixo do salário médio nacional, segundo um estudo que aponta o custo da habitação como um dos principais entraves à sua emancipação.
O Governo aprovou hoje o aumento do salário mínimo nacional em 50 euros em 2026, de 870 para 920 euros (brutos), anunciou hoje o ministro da Presidência após o Conselho de Ministros.