Rússia pede fim do uso da força no Iémen

Numa conversa telefónica no sábado à noite, que decorreu por iniciativa de Washington, Rubio informou Lavrov sobre as operações militares contra os Huthis do Iémen, assegurando ao seu homólogo russo de que Washington não permitirá que o grupo rebelde continue a atacar alvos norte-americanos no Mar Vermelho e arredores.

© LUSA

“O secretário de Estado informou a Rússia sobre as operações militares de dissuasão dos EUA contra os Huthis apoiados pelo Irão e sublinhou que os contínuos ataques dos Huthis a navios militares e de carga dos EUA no Mar Vermelho não serão tolerados”, avançou uma porta-voz do departamento norte-americano, Tammy Bruce, em comunicado.

Num outro comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo refere que, “em resposta ao argumento apresentado pelo representante dos EUA, Sergei Lavrov enfatizou a necessidade de todas as partes cessarem imediatamente o uso da força”.

Lavrov instou ainda o seu homólogo americano a envolver-se num “diálogo político para encontrar uma solução que evite mais derramamento de sangue” no Iémen.

Durante o mesmo telefonema, Rubio e Lavrov partilharam ainda propostas e ideias para o futuro das suas relações com a Arábia Saudita, com o objetivo de dar “passos” para dar seguimento aos recentes encontros na Arábia Saudita.

“Foram discutidos aspetos específicos da implementação dos acordos alcançados na reunião de altos funcionários russos e norte-americanos, a 18 de fevereiro, em Riade. Lavrov e Rubio concordaram em manter-se em contacto”, refere a declaração russa.

Pelo menos 31 pessoas morreram e outras 101 ficaram feridas numa nova operação militar ordenada no sábado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, contra posições dos insurgentes houthis na capital do Iémen, Sana’a.

De acordo com Trump, trata-se de uma “ação militar decidida e decisiva” contra a insurreição Huthi do Iémen, em represália pela sua campanha de ataques a navios no Mar Vermelho, mas cujo pano de fundo é, em última análise, um sério aviso ao Irão, a principal potência que apoia os milicianos iemenitas.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.