Trump deu dois meses ao Irão para concluir um novo acordo nuclear

A carta que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou ao Irão na semana passada, instando o país a negociar sobre o programa nuclear iraniano, incluía um prazo de dois meses para se chegar a um novo acordo

De acordo com o meio de comunicação social norte-americano Axios, não é claro quando começa a contagem decrescente, se é quando a carta é recebida ou a partir do início das negociações.

No dia 13 de março, o Irão afirmou que estava a “avaliar” a carta.

“A decisão sobre a forma de responder será tomada após uma avaliação e investigação exaustivas”, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, num comunicado.

A carta foi entregue no dia 12 de março por Anwar Gargash, conselheiro diplomático do presidente dos Emirados Árabes Unidos, ao ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi.

“Trump deixou claro ao Ayatollah Ali Khamenei que queria resolver a disputa sobre o programa nuclear do Irão diplomaticamente, e muito em breve, e que, se isso não fosse possível, haveria outras formas de resolver a disputa”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes.

Quando o Irão confirmou a receção da carta, a mais alta autoridade política e religiosa da República Islâmica considerou que Trump convida ao diálogo para poder dizer que “o Irão se recusa a negociar” e recordou que o republicano abandonou no seu primeiro mandato (2017-2021) o pacto nuclear de 2015.

Últimas de Política Internacional

O Presidente dos Estados Unidos está "muito descontente" com as compras de petróleo russo por parte de países da União Europeia (UE), disse hoje o líder da Ucrânia.
A reunião em Pequim dos dirigentes chinês, Xi Jinping, russo, Vladimir Putin, e norte-coreano, Kim Jong-un, é um "desafio direto" à ordem internacional, declarou, esta quarta-feira, a chefe da diplomacia da UE.
O ministro das Finanças alemão, Lars Klingbeil, afirmou que os preços mais baixos da energia contribuem para garantir empregos na Alemanha, o que constitui a "máxima prioridade".
Marine Le Pen, líder do partido Rassemblement National (RN), pediu hoje ao presidente Emmanuel Macron para convocar eleições ultra-rápidas depois da previsível queda do Governo do primeiro-ministro François Bayrou.
O Governo britânico começou a contactar diretamente os estudantes estrangeiros para os informar de que vão ser expulsos do Reino Unido caso os vistos ultrapassem o prazo de validade, noticiou hoje a BBC.
O deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro avisou hoje que prevê que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, imponha novas sanções contra o Brasil, caso o seu pai, Jair Bolsonaro, seja condenado de tentativa de golpe de Estado.
No último fim de semana, a Austrália assistiu a uma das maiores mobilizações populares dos últimos anos em defesa de políticas migratórias mais rigorosas. A “Marcha pela Austrália” reuniu milhares de cidadãos em várias cidades, incluindo Sidney, Melbourne e Adelaide, numa demonstração clara da crescente preocupação da população com os efeitos da imigração massiva sobre o país.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, voltou hoje a defender "um pacto de Estado face à emergência climática" após os incêndios deste verão e revelou que vai propor um trabalho conjunto para esse objetivo a Portugal e França.
A Comissão Europeia vai apresentar na reunião informal do Conselho Europeu, em 01 de outubro, em Copenhaga, o plano para reforçar a defesa e segurança dos países da UE, anunciou hoje a presidente.
O Ministério das Finanças da África do Sul prepara-se para baixar o nível a partir do qual considera que um contribuinte é milionário, com o objetivo de aumentar a receita fiscal no país africano mais industrializado.