Presidente alemão promulga alteração constitucional para permitir rearmamento

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, promulgou hoje a alteração da Constituição para permitir o aumento das despesas com a defesa e criar um fundo de desenvolvimento de 500.000 milhões de euros, anunciou a presidência.

©D.R.

A legislação que permitiu a alteração constitucional foi aprovada durante a semana pelas duas câmaras do parlamento.

Steinmeier verificou se a lei foi aprovada em conformidade com a Constituição, disse o seu porta-voz, citado pela agência espanhola EFE.

O Tribunal Constitucional Federal já tinha rejeitado recursos de partidos da direita radical, da esquerda e dos liberais contra a aprovação da lei, pelo que não se esperava qualquer oposição de Steinmeier.

A aprovação da reforma constitucional foi justificada pelos conservadores e sociais-democratas com o distanciamento gradual do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dos parceiros europeus e com a ameaça da Rússia.

A lei flexibiliza o travão da dívida que impedia o Estado federal de contrair empréstimos superiores a 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano.

Qualquer despesa militar que exceda 1% do PIB (cerca de 43.000 milhões de euros) será excluída da regra do travão da dívida.

A alteração permitirá à Alemanha rearmar-se quase sem restrições financeiras.

A reforma também permitirá que os 16 estados do país contraiam empréstimos de 0,35% do PIB.

Até agora, a regra exigia que as regiões tivessem orçamentos equilibrados.

A Alemanha, em recessão há dois anos, quer relançar o crescimento através de um plano de despesas de 500.000 milhões de euros.

Para isso, deverá criar um fundo especial, com uma duração de 12 anos, destinado a modernizar as infraestruturas do país.

Deste fundo, 100.000 milhões de euros serão destinados aos Estados federados e outros 100.000 milhões à proteção do clima.

O investimento na proteção do clima foi exigido pelos ambientalistas em troca da aprovação da reforma constitucional para o rearmamento e modernização da economia do país.

Últimas de Política Internacional

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, previu hoje "decisões históricas e transformadoras" na cimeira de Haia para alocar 5% do PIB à defesa, visando compensar o "esforço desproporcional" dos Estados Unidos.
O presidente ucraniano deverá pedir mais sanções de Washington contra Moscovo e a aquisição de armamento dos EUA. A reunião deverá começar pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, pediu hoje aos aliados europeus que "não se preocupem tanto" com os Estados Unidos da América e se foquem em aumentar o seu investimento em Defesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem hoje os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.
A Comissão Europeia exigiu hoje a Portugal e a outros quatro países a concluírem a transposição da diretiva da União Europeia (UE) sobre a água potável, em incumprimento desde 12 janeiro de 2023.
A Comissão Europeia propôs hoje a redução do prazo de licenciamento em projetos de defesa de anos para 60 dias, a redução da carga administrativa e melhor acesso ao financiamento para assim estimular investimentos na União Europeia (UE).