FMI alerta que tarifas podem ter maior impacto indireto na América Latina

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje que as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, podem ter maior impacto indireto para a América Latina.

© D.R

“Embora as tarifas aplicadas à região sejam relativamente baixas, uma desaceleração do crescimento mundial poderá afetar a procura de produtos básicos e ter maiores efeitos indiretos para a América Latina através dos preços” dos mesmos e da “depreciação da taxa de câmbio”, afirmou o diretor do departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Rodrigo Valdés.

O responsável participou numa conferência de imprensa sobre as previsões de crescimento da região, por ocasião dos encontros de primavera entre o FMI e o Banco Mundial que se realizaram esta semana em Washington.

No seu relatório de perspetivas económicas globais, divulgado na terça-feira, o FMI prevê que o crescimento dos países da região abrandará de 2,4% em 2024 para 2% este ano.

Valdés apontou “o abrandamento do crescimento mundial, a elevada incerteza, o impacto das tarifas e o endurecimento das políticas nacionais em alguns países” como algumas das razões para o crescimento moderado da região.

Em 09 de abril, o presidente norte-americano anunciou uma pausa de 90 dias na aplicação de tarifas adicionais aos seus parceiros comerciais que tinha anunciado dias antes.

Ainda assim, a tarifa global de 10% que se manteve em vigor e a tarifa de 145% para a China, que não foi incluída nesta redução tarifária, podem ter consequências para a região, concluiu o FMI.

Últimas de Economia

A fabricante automóvel chinesa GAC quer vender até oito mil veículos elétricos e híbridos no Brasil este ano e mais 29 mil até 2026, além de estabelecer uma linha de produção que descreveu como abrangente.
O valor total aplicado em certificados de aforro aumentou em abril para 37.022 milhões de euros, um novo máximo histórico, refletindo a procura por este produto de poupança apesar da descida da taxa registada naquele mês.
As exportações de azeite de Portugal deverão ter ultrapassado os mil milhões de euros em valor, em 2024, o que acontece pelo segundo ano consecutivo e é considerado "histórico" para o setor, destacou hoje um responsável.
Os embaixadores dos Estados-membros junto da União Europeia (UE) deram hoje, com abstenção da Hungria, ‘luz verde’ ao programa 150 mil milhões de euros em empréstimos a condições favoráveis para compras conjuntas militares, para reforçar a defesa comunitária.
A proposta de manual de procedimentos para o registo e contratação bilateral de energia elétrica está desde terça-feira até 20 de junho em consulta pública, anunciou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
A bolsa de Lisboa negociava hoje em alta, com o PSI em máximos de quase 11 anos e as ações da EDP Renováveis a liderarem os ganhos, a subirem 3,32% para 9,19 euros.
O valor de dívidas fiscais cobrado de forma coerciva totalizou 1.349 milhões de euros em 2024, uma subida de 4,2% face ao ano anterior, com o IVA e IRS a responderem por quase dois terços daquele montante.
Os pagamentos a entidades através do sistema bancário português vão passar a apresentar o nome do destinatário a partir de hoje, transpondo uma norma do Banco de Portugal (BdP) que pretende combater a fraude bancária.
Os preços das casas na União Europeia (UE) voltaram a crescer no ano passado depois de uma queda em 2023 e Portugal registou a terceira maior subida entre os Estados-membros no último trimestre de 2024.
A Comissão Europeia mantém o valor para este ano e revê em ligeira baixa o do próximo.