O Sistema tem medo de uma vitória do CHEGA

O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou no sábado que "o sistema tem medo" de uma vitória do seu partido e afirmou que seria um governante "autoritário em alguns casos", prometendo "um governo completamente diferente".

© Folha Nacional

“Alguns perguntam-se também ‘será que ele vai ser autoritário? Tem pinta de autoritário’… Em alguns casos vou, e também não quero que ninguém vote ao engano, se querem votar em mariquinhas, não votem em mim”, afirmou André Ventura.

O líder do CHEGA discursava num jantar-comício no sábado à noite, em Viseu, círculo no qual o partido elegeu dois deputados na últimas eleições legislativas, em 2024.

“Eu vou ser autoritário também, vou ser autoritário para dizer a esta malta que, tal como acontece já nos melhores países do mundo, em Portugal, quem rouba casas, quem rouba carros, quem ataca mulheres, quem viola, quem mata, quem rouba o Estado, esses todos não vão ter mais a mão branda do regime e do parlamento”, disse.

O líder do CHEGA referiu que “esses vão sentir, de uma vez por todas, o que é a mão pesada do poder e a mão pesada do Estado sobre a bandidagem”.

Numa intervenção de cerca de meia hora, André Ventura considerou igualmente que “o sistema está com medo” de uma eventual vitória do CHEGA nas eleições legislativas do dia 18.

“Está com medo porque percebe que nós vamos pôr a nu o que foi Portugal nas últimas décadas”, sustentou.

O presidente do CHEGA defendeu ainda que “há momentos na história dos países em que é mesmo preciso uma revolução”.

“Uma revolução democrática, de liberdade, mas uma revolução”, acrescentou.

E citou o Presidente da Argentina, Javier Milei: “Eu não vim liderar cordeiros, eu vim despertar leões, eu vim despertar guerreiros, eu vim despertar, dos nove anos aos 79, pessoas que acham e que percebem que agora é o momento de mudar o país”.

Nesta intervenção, perante uma sala cheia, André Ventura alertou ainda que “de nada valerá encher salas, vencer as redes sociais ou ter as melhores sondagens” se os eleitores não forem votar.

“Temos de sair de casa e votar. Saiam de casa e votem”, apelou, repetindo que o objetivo do CHEGA é vencer as legislativas e que apenas esse cenário garante estabilidade.

André Ventura prometeu que, caso isso aconteça, o seu governo será “completamente diferente, de transparência, de trabalho, de honestidade, de integridade, de seriedade, contra a corrupção”.

Últimas de Política Nacional

Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.