“Podem entrar mais de 500.000 estrangeiros em Portugal nos próximos meses”, admite Governo de Montenegro

O Governo de Luís Montenegro alertou para a possibilidade de entrada de mais de 500.000 estrangeiros em Portugal nos próximos meses, devido ao reagrupamento familiar de imigrantes com processos de regularização pendentes. Segundo estimativas da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), cerca de 250.000 imigrantes estão em vias de regularização através das chamadas manifestações de interesse, enquanto outros 210.000 possuem vistos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e, por isso, terão direito ao reagrupamento familiar.

© Folha Nacional

Acrescem ainda 50.000 processos pendentes de pessoas que já se encontram no país, mas que não conseguiram formalizar a sua situação antes do fim do regime de manifestação de interesse, há precisamente um ano. No total, o número de estrangeiros que poderá entrar em território nacional ultrapassa o meio milhão, agravando ainda mais a pressão sobre os serviços públicos e desafiando a capacidade de integração do país.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, reconheceu publicamente que o reagrupamento familiar implicará inevitavelmente a entrada de mais pessoas.

Contudo, estas declarações colocam em causa as promessas feitas por este mesmo Governo durante a campanha e nos primeiros meses de mandato. Montenegro havia garantido que Portugal precisava de “ordenar a imigração”, com medidas que incluíam até a expulsão de imigrantes em situação ilegal. Agora, esses compromissos parecem esvaziar-se em meras palavras. A tão divulgada promessa de redução do número de imigrantes não se concretiza quando, na prática, o país se prepara para abrir as portas a mais meio milhão de pessoas ou mais.

O partido CHEGA considera esta situação inaceitável e profundamente lesiva para o futuro do país. A entrada massiva de estrangeiros, sem critério seletivo e sem garantias de integração, ameaça a segurança, a coerência cultural e a sustentabilidade dos serviços sociais.

O CHEGA reitera a sua posição firme de que Portugal deve fechar as portas à imigração descontrolada e implementar um sistema de quotas rigoroso, que apenas permita a entrada de imigrantes de acordo com as reais necessidades do país.

O número de estrangeiros em Portugal aumentou de 400 mil para 1,6 milhões em apenas uma década e, com as novas admissões previstas, esse número poderá disparar ainda mais, comprometendo gravemente a estabilidade nacional. Para o CHEGA, é hora de agir com coragem, responsabilidade e firmeza.

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