CAIRÁ GOVERNO QUE DÊ BENS ÀS EX-COLÓNIAS

Enquanto Marcelo Rebelo de Sousa dizia que ser português ou imigrante é a mesma coisa e que não há portugueses puros, o líder do CHEGA rejeitou a tentativa de “culpabilização histórica”.

© Folha Nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou durante o discurso oficial das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas que não faz sentido hierarquizar pessoas com base na nacionalidade ou origem.

“Não há quem possa dizer que é mais puro e mais português do que outro”, afirmou, criticando os discursos nacionalistas crescentes em toda a Europa, realçando que Portugal sempre foi um “país de pontes”, caraterizado pela capacidade de “conviver com todos”, de “falar línguas”, de “entender climas e usos” e reforçando que ser português é, antes de tudo, um “sentir universal”.

Antes, havia discursado a escritora e membro do Conselho de Estado, Lídia Jorge, e também havia referido que “ninguém tem sangue puro”, afirmando que “somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou, filhos do pirata e do que foi derrubado, mistura daquele que punia até à morte e do misericordioso que lhe limpava as feridas” e que em “pleno século XVII ,10% da população portuguesa teria origem africana.

Essa população não nos tinha invadido, os portugueses os tinham trazido arrastados até aqui”. A assistir à cerimónia e a estes discursos estava André Ventura, líder do segundo maior partido português, que considerou, em declarações aos jornalistas, que o poder político está a entrar “num caminho perigoso de dizer que os portugueses são culpados pelo esclavagismo que houve no mundo”. Esta semana vi Moçambique pedir a devolução de qualquer riqueza portuguesa. Sem ofensa para ninguém, eu represento o meu país, que é Portugal.

E Portugal não vai devolver nada”, asseverou, lembrando que “se Portugal devolvesse o que quer que fosse a uma antiga província então eles tinham que devolver os milhões que os portugueses investiram em estradas, em hospitais, em escolas, em cultura”. E, nesta senda, André Ventura deixou um aviso ao Governo e uma garantia aos portugueses: “Mentalizem-se disto, nós não vamos devolver nada a ninguém. E o Governo que tentar que Portugal reveja a sua História, culpando-se a si próprio, ou que devolva às antigas colónias o que quer que seja, da nossa parte cairá no Parlamento no dia seguinte, porque nós temos de ter orgulho na nossa História”.

Sobre o discurso do Presidente da República, André Ventura elogiou-o por ter abordado a questão dos militares portugueses e da sua importância na construção da nossa História e manutenção das nossas fronteiras, mas lamentou que não se tenha falado “no excesso de imigração”, um problema que afeta cada vez mais os portugueses naquele que é o seu dia-a-dia.

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