“Conselho da Europa é uma organização de tachos”. CHEGA denuncia silêncio cúmplice sobre criminalidade e corrupção

André Ventura questionou as prioridades do Conselho da Europa, classificando a instituição como uma “organização de tachos” e acusando-a de ignorar problemas graves que afetam os portugueses.

© Folha Nacional

O CHEGA reagiu com dureza ao relatório divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI), que defende a inclusão obrigatória de conteúdos sobre o combate ao racismo e à discriminação de pessoas negras, ciganas e LGBTI nos currículos escolares em Portugal.

No Parlamento, durante o debate do Programa do Governo, André Ventura questionou as prioridades do Conselho da Europa, classificando a instituição como uma “organização de tachos” e acusando-a de ignorar problemas graves que afetam os portugueses. “Alguma vez o Conselho da Europa alertou Portugal para o aumento da corrupção? Nunca!”, afirmou o líder do CHEGA.

Para o presidente do segundo maior partido português, o relatório não passa de uma tentativa de condicionar o debate político interno e de silenciar vozes que se recusam a alinhar com a ideologia dominante. “Vêm agora dizer: ‘Cuidado, Portugal, cuidado com o discurso agressivo de alguns políticos’. Estão preocupados com discursos, mas não com a violência, a insegurança e a corrupção que afetam diariamente os portugueses”, criticou Ventura.

O relatório da ECRI considera preocupantes os casos de bullying em ambiente escolar contra alunos migrantes, negros, ciganos e LGBTI, sublinhando lacunas na promoção de uma educação verdadeiramente inclusiva. Ainda assim, o organismo consultivo do Conselho da Europa reconhece que Portugal tem feito progressos no combate à intolerância.

André Ventura encerrou a sua intervenção com mais críticas à atuação seletiva da ECRI: “Alguma vez alertaram para a ideologia de género nas escolas? Para a violência praticada por ciganos? Para a insegurança ligada a grupos migratórios? Nunca! Porque não estão preocupados com os direitos humanos, mas sim em manter um sistema de conveniências internacionais.”

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