Em democracia, todos têm direito à sua opinião pessoal, inclusive os jornalistas e diretores de jornais. O que não é aceitável, e é perigoso para a democracia, é que um diretor utilize a sua posição para transformar um órgão de comunicação social num instrumento de militância política contra um partido legítimo. Atacar um partido legitimamente eleito não é apenas um ataque ao CHEGA: é um insulto aos eleitores que livremente escolheram essa representação.
A pluralidade política, goste-se ou não das ideias em debate, é um bem que importa salvaguardar. A imprensa não pode ser cúmplice na sua destruição.
Através da rede social X, o diretor do Expresso, João Vieira Pereira, decidiu dirigir-se ao espaço público com palavras carregadas de juízo moral contra André Ventura e o Partido CHEGA, acusando, sem factos nem fundamentação, que na redação do Expresso é sentida «dificuldade de lidar com o CHEGA» e sugerindo que a redação do Expresso está «longe de ter certezas de como lidar com uma organização para a qual a verdade não é linear ou onde os factos podem ser adulterados à medida de um qualquer objectivo».
Trata-se de uma declaração que merece, em nome da integridade democrática e da verdade, um cabal esclarecimento e um repúdio sereno, mas firme.
Em primeiro lugar, é fundamental recordar que o Partido CHEGA nasceu para dar voz a milhões de portugueses que durante décadas foram silenciados por uma elite política e mediática fechada sobre si mesma. Um partido que se alicerça no respeito pelos valores nacionais, na defesa intransigente da soberania, na justiça para os portugueses que trabalham e contribuem para esta Nação e no combate frontal às desigualdades criadas por um Estado injusto. Estes princípios não são ódio: são patriotismo. Não são divisão:
são justiça social verdadeira. Não são verdade não linear: são princípios não vendíveis.
Não são factos adulterados: é política real, doa a quem doer.
A mensagem publicada pelo diretor do Expresso é um exemplo claro de como parte da comunicação social em Portugal continua incapaz de se libertar do seu preconceito ideológico para cumprir aquilo que a sua deontologia impõe: isenção, rigor, pluralidade.
Ao contrário disso, assiste-se a uma tentativa recorrente de deslegitimar as ideias e os 1 https://www.instagram.com/p/DMANAhDhDj3/?igsh=aGxuYjNtdTU2c2Zv eleitores do CHEGA, desqualificando-os moralmente em vez de os confrontar politicamente. Esta postura é tanto mais grave quanto parte de quem ocupa um cargo de enorme responsabilidade numa instituição de referência no jornalismo português, a quem se exige ponderação e factos, não slogans ideológicos disfarçados de análise ética.
A verdade é que aquilo que o CHEGA propõe, maior exigência na aplicação da lei, controlo rigoroso da imigração, defesa da propriedade e do trabalho dos portugueses, responsabilização da classe política e do Estado, são bandeiras que encontram respaldo jurídico, económico e sociológico. São, sobretudo, também, valores, que encontram acolhimento num número crescente de cidadãos que estão cansados de ver a sua pátria desrespeitada e os seus sacrifícios ignorados.
Tentar reduzir este movimento de regeneração nacional a algo que o “Expresso não sabe bem com lidar”, revela que é claramente um problema do próprio Expresso, tal como revela não apenas desonestidade intelectual, mas também um perigoso desprezo pelos milhões de eleitores que nele confiam.
Ora, é precisamente contra esta arrogância moral da elite mediática e política que o CHEGA se levanta: para afirmar que o povo português não precisa de tutela, nem de censores, nem de jornalistas que lhes digam “como lidar” com este ou aquela “organização”, precisa de bom senso e de pragmatismo para enfrentar os problemas que todos vêm, mas que poucos têm a ousadia de nomear.
Importa, contudo, sublinhar que esta prática de hostilização política e moral, exercida pelos jornalistas, não só prejudica o debate democrático como mina a credibilidade da própria classe jornalística, que assim se autodestrói aos olhos da opinião pública.
Exemplos disso são hoje visíveis em várias democracias ocidentais: o colapso de confiança no The New York Times, acusado por figuras de todos os quadrantes de ter abandonado a objetividade em prol do ativismo, ou os escândalos editoriais no Der Spiegel na Alemanha, onde a invenção de factos e a manipulação ideológica levaram à demissão e descrédito da redação. Estas práticas têm contribuído para uma erosão sem precedentes da confiança nos media, com sondagens a mostrarem que a maioria dos cidadãos nos EUA e em vários países europeus considera que a imprensa está politicamente enviesada e serve interesses próprios em vez do bem comum. Se os jornalistas não corrigirem este caminho, serão eles os principais responsáveis pela ruína da sua profissão, começando pelos Directores destas organizações.
Esta tendência para confundir jornalismo com ativismo político encontra eco num artigo recente de Dan Gillmor, publicado pelo Nieman Lab em dezembro de 2024, intitulado The media becomes an activist for democracy. Gillmor, que prevê como será o jornalismo em 2025.
O jornalista e académico norte-americano conhecido pelo seu trabalho sobre ética e novas tecnologias nos média, defende que o jornalismo contemporâneo deve abandonar a neutralidade tradicional para assumir explicitamente um papel de “ativista pela democracia”, capacitando os cidadãos a responsabilizar os poderes instituídos.
Embora tal visão possa parecer sedutora à luz dos desafios democráticos atuais, na prática tem servido para justificar um enviesamento editorial crónico e uma perda de objetividade, como se constata em exemplos como o do Expresso, onde se confunde responsabilidade jornalística com militância ideológica, comprometendo o pluralismo que se exige numa democracia.
O Partido CHEGA reafirma, por isso, a sua integridade e o seu compromisso com os portugueses. Acreditamos que em democracia não há espaço para polícias do pensamento nem para tribunais mediáticos; há espaço sim, para a liberdade de expressão, para o debate das ideias, para a escolha livre e consciente dos cidadãos.
São estes valores que nos distinguem e que continuaremos a defender, mesmo perante as tentativas reiteradas de nos silenciar, de nos marginalizar, de nos tentar tornar incompreensíveis.
Aos jornalistas que ainda acreditam na sua missão de informar com verdade, deixamos um apelo: recusem ser instrumentos de preconceito ou militância partidária ou combatam o assédio político-partidário das elites intelectuais.
Cumpram o vosso papel com a elevação e a responsabilidade que a sociedade vos confia. E aos portugueses deixamos uma certeza: enquanto houver injustiça, desigualdade e elites que desprezam o povo, o CHEGA continuará a ser a voz incómoda, mas necessária, da verdade.
Porque Portugal merece mais. Porque os portugueses merecem respeito.