Numa conferência de imprensa realizada hoje em Telavive, noticiada pela imprensa israelita, familiares condenaram o plano aprovado na sexta-feira pelo gabinete de segurança israelita e que inclui a expansão da ofensiva e a tomada da cidade de Gaza (que abriga quase um milhão de pessoas), defendendo que resultará na morte dos 20 reféns ainda vivos.
“No próximo domingo, pararemos e diremos: ‘Chega, parem a guerra, devolvam os reféns’. Está nas nossas mãos”, disse Reut Recht-Edri, cujo filho Ido Edri foi morto pelo Hamas no festival de música Nova, segundo o jornal Times of Israel.
O líder da oposição israelita Yair Lapid apoiou a proposta numa mensagem na sua conta na X, afirmando que “o apelo das famílias dos reféns para o encerramento da economia é justificado e apropriado”.
Além disso, o líder de esquerda Yair Golan anunciou que o seu partido, o Partido Democrata, também se juntará à greve convocada pelas famílias.
“Apelo a todos os cidadãos de Israel, a todos aqueles que valorizam a vida e a garantia mútua, para que se juntem a nós e tomem as ruas para lutar”, escreveu Golan na sua conta nas redes sociais.
Golan acrescentou: “Não devemos continuar com a nossa vida quotidiana sem prestar atenção aos nossos irmãos e irmãs em Gaza. Não podemos permanecer em silêncio diante desta realidade”.
De acordo com o Canal 12 israelita, uma reunião está marcada para esta segunda-feira entre as famílias dos reféns e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores para solicitar o apoio do sindicato à greve.
Entretanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deverá dar uma conferência de imprensa hoje às 16:30 locais (14:30 em Lisboa) em Jerusalém, em pleno debate em Israel sobre a continuação da guerra em Gaza, noticiou a AFP, que cita uma fonte oficial.
Netanyahu falará à imprensa internacional, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro, dois dias após o anúncio de um novo plano militar que prevê a tomada da Cidade de Gaza pelo Exército para libertar todos os reféns israelitas e “derrotar” o Hamas no território palestiniano devastado por 22 meses de guerra.