O povo já não acredita em quem promete. Só acredita em quem aparece

Portugal está cansado. Cansado de políticos que vivem de promessas, de gabinetes fechados, de fotografias para a imprensa e discursos escritos por assessores que nunca sentiram o pulso da rua. Cansado de ouvir sempre as mesmas caras, com as mesmas palavras, a pedirem mais tempo, mais paciência, mais votos.

Mas enquanto eles pedem tempo, o povo perde tempo à espera numa urgência hospitalar. Enquanto eles pedem paciência, o povo perde paciência nas filas da segurança social. Enquanto eles pedem votos, o povo perde a esperança de que algo mude.

A política afastou-se das pessoas. Tornou-se um palco onde meia dúzia de figuras se revezam a fingir que mandam, enquanto os problemas reais ficam para depois. O país real não vive nos gabinetes de Lisboa. Vive nos cafés, nas feiras, nas aldeias onde os autocarros deixaram de passar, nos bairros onde a insegurança cresceu, nos campos abandonados por políticas que só protegem quem não trabalha.

E a pergunta que se impõe é simples: até quando?

Até quando vamos aceitar que os nossos idosos sobrevivam com reformas miseráveis enquanto se subsidia tudo e todos menos quem contribuiu uma vida inteira? Até quando vamos permitir que um agricultor tenha que mendigar apoios, enquanto se distribuem milhões em projetos que nada trazem à terra? Até quando vamos aceitar que os nossos jovens tenham que emigrar porque, por cá, o mérito pouco vale e o compadrio vale tudo?

Está na hora de virar a mesa. De devolver à política o seu sentido original: servir. E servir é estar presente. É ouvir mais do que falar. É dizer a verdade, mesmo que doa. É dar a cara quando os outros fogem. É estar ao lado das pessoas, não acima delas.

O país não precisa de mais tecnocratas. Precisa de gente com coragem. Com voz firme. Com raízes na terra. Precisa de quem fale claro, sem medo de dizer que a segurança tem que voltar a ser prioridade, que a autoridade se perdeu e precisa de ser restaurada, que os direitos devem ser acompanhados de deveres, e que ser português deve voltar a ser um motivo de orgulho — e não um peso carregado em silêncio.

Este não é um apelo ao protesto vazio. É um apelo à ação. A uma nova forma de estar. Sem jogos de bastidores, sem agendas escondidas, sem ambições pessoais mascaradas de serviço público. É um apelo à política que nasce da rua e regressa à rua — sem filtros, sem medo e sem vergonha de dizer o que o povo pensa.

Portugal tem futuro. Mas não nas mãos de quem já falhou. O futuro constrói-se com quem está disposto a romper com o sistema, a enfrentar o politicamente correto, e a pôr os portugueses em primeiro lugar. Sempre.

Porque quem serve o povo, não foge dele. E quem foge do povo, nunca o serviu.

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