“Os santos Pier Giorgio Frassati e Carlo Acutis são um convite para todos nós, especialmente para os jovens, a não desperdiçarem a vida, mas a orientarem-na para o alto e torná-la uma obra-prima”, disse o sumo pontífice, perante dezenas de milhares de pessoas, na homilia da sua primeira canonização, na Cidade do Vaticano.
Leão XVI sustentou que “esta é a fórmula, simples, mas segura, da sua santidade”.
“E é também o testemunho de que somos chamados a imitar para desfrutar a vida ao máximo e ir ao encontro do Senhor na festa do céu”.
A cerimónia na Praça de São Pedro contou com a presença de fiéis de todo o mundo, sobretudo muitos jovens já devotos de Carlo Acutis, que traziam nas mãos algumas imagens do jovem.
O Presidente italiano, Sergio Mattarella, também esteve presente.
Toda a família de Carlo Acutis assistiu também ao ato: os pais e os dois irmãos, tendo a mãe, Antonia Salzano, sido encarregada de levar ao altar o relicário com um fragmento do coração do filho.
“Pier Giorgio e Carlo cultivaram ambos o amor a Deus e aos irmãos através de meios simples, ao alcance de todos: a Santa Missa diária, a oração e, especialmente, a adoração eucarística”, destacou o pontífice norte-americano.
Sobre os canonizados destacou ainda “a grande devoção que tinham pelos santos, pela Virgem Maria, e pela prática generosa da caridade”.
E mesmo “quando a doença os atingiu e começou a deteriorar as suas jovens vidas, nem mesmo isso os impediu de amar, de se oferecerem a Deus, de O abençoarem e de Lhe pedirem por eles e por todos”, indicou.
Nascido em maio de 1991 no Reino Unido com nacionalidade italiana, Carlo Acutis morreu em 2006, com 15 anos, devido a uma leucemia fulminante, e os rapazes e raparigas católicos identificaram-se com a sua vida, pois era um amante da tecnologia, da Internet, do desporto e dos animais. Há anos que fazia peregrinações a Assis, onde o seu corpo está exposto no Santuário da Spogliazione, vestido com uma camisola, calças de ganga e ténis.
Pier Giorgio Frassati nasceu em Turim e faleceu aos 24 anos, em 1925, vítima de uma poliomielite fulminante, possivelmente contraída numa das muitas casas de acolhimento que visitava diariamente para prestar assistência material.
Oriundo e residente no seio de uma família de classe alta, já que o seu pai tinha sido o fundador e proprietário do jornal ‘La Stampa’, Frassati dedicou-se a ajudar o próximo.