Governo “não usa” ‘WhatsApp interno’ do executivo PS que custou 1,6 milhões euros

O Governo desconhece, não utiliza e não sabe onde está a aplicação 'Tagline' — uma plataforma de comunicação interna financiada com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que custou 1,6 milhões de euros.

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Apresentada em 2022 como uma alternativa segura ao WhatsApp e desenvolvida à medida para o Executivo socialista, a ferramenta caiu no esquecimento. O atual ministro da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, foi assertivo ao ser questionado sobre a utilização da aplicação:“Tagline? Não conheço. O Governo não usa isso.”

A declaração foi feita esta terça-feira, à margem de uma audição regimental no Parlamento. O ministro assegurou desconhecer totalmente a plataforma que, segundo o semanário Expresso, foi criada com o objetivo de garantir comunicações institucionais seguras entre membros do Governo.

A Tagline, escreve o Observador, foi desenvolvida pela IP Telecom e operacionalizada pelo Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), que na altura garantiu tratar-se de uma solução com o mais elevado grau de segurança e personalização.

Dois anos após a sua criação — e com 1,6 milhões de euros já gastos, verba inscrita no PRR —, ninguém parece saber onde está a aplicação ou se ainda funciona. Nem o ministro responsável pela Reforma do Estado, nem o secretário de Estado para a Digitalização, Bernardo Correia, possuem qualquer informação sobre a plataforma.

“Vamos investigar”, respondeu o secretário de Estado.

De acordo com o Observador, o único responsável que, no passado, confirmou a sua utilização foi Mário Campolargo, antigo secretário de Estado da Digitalização no Governo de António Costa. Em 2023, afirmou no Parlamento que a Tagline era essencial: “Quando os assuntos são importantes e institucionais, só comunico por ali.”

Ainda assim, reconheceu as dificuldades em mudar hábitos dentro da administração pública. Do lado do atual Executivo, a posição é inequívoca: ninguém usa, ninguém conhece e ninguém sabe para onde foi o dinheiro.

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