Já é um tema gasto aos meus ouvidos, mas parece que irá continuar na ordem do dia — a imigração descontrolada. Já que está na moda, vou, também, fazer parte desta tertúlia incessante que a “Sra. Esquerda” ainda não percebeu (ou não quer perceber). No meio de ataques de racismo e justificações sem sentido, andamos todos a gastar o nosso tempo com um tema fácil de entender e resolver, quando tantos outros temas prioritários estão em fila de espera e vemos o nosso país a perder a sua identidade.
Há dias, na RTP 2 (o segundo canal, como era conhecido), num debate sobre este tema, uma jovem comentadora política da CNN entrevistava uns doutorandos que investigam sobre as migrações de povos; parecia um circo de intelectuais de esquerda, em que as perguntas vinham inclinadas para as respostas certas, e o sorriso da anfitriã se abria sempre que ouvia o que queria ouvir.
É a velha lógica do “a democracia só é válida quando respeita os meus ideais”.
Fala-se, não só aqui, em estudos sobre a dominação dos povos; na nossa península, o nosso território foi conquistado, antes tomado por outros povos, desde os Fenícios, Gregos e Cartagineses até aos Romanos e aos Muçulmanos (escrevi “Muçulmanos”, já vou levar com a foice). Como se isso fosse justificação plausível para o panorama instalado sobre a imigração.
Estamos no século XXI, inseridos numa sociedade civilizada, com leis e regras claras. E mesmo que ainda estivéssemos numa época medieval, os nossos governadores vão ficar quietos e aceitar que “desde sempre assim foi, por isso vamos deixá-los entrar que está tudo bem”? Depois estas minorias que devemos proteger violam as nossas menores e circulam livremente e ainda furam o sistema para benefício próprio. Os nossos fundadores devem estar a rebolar no caixão com tanto desrespeito que estamos a ter para com eles.
Vamos colocar as coisas em pratos limpos, doa a quem doer. Não podemos rotular alguém de racista ou xenófobo quando se preocupa com o fato de que a imigração descontrolada é prejudicial para o país. Repito: imigração descontrolada. Ninguém disse “morte aos imigrantes”. Há vídeos no YouTube a ensinar como vir para Portugal e as formas de obter subsídios mal colocam cá os pés. Com tantos problemas na nossa sociedade, como a saúde ou a habitação, com aproximadamente 11 milhões de habitantes, vamos abrir as portas a mais um ou dois milhões para usufruir dos nossos dinheiros públicos, valores que já colocam em causa as nossas reformas? Pensem bem nisto! Porque nos outros países isto não acontece.
Todos são bem-vindos se vierem com o intuito de trabalhar, de formar família e de serem cidadãos ativos. Os nossos emigrantes nos anos 60 e 70 também tiveram (até hoje) que cumprir as regras dos outros países. Eu fui ao Egito e, quando quis visitar as mesquitas, as mulheres da minha família, para poderem entrar, tiveram que vestir os vestidos apropriados como mandam as leis deles; eu também tive que me descalçar porque eram leis deles. Como é óbvio, respeitamos. Então como podemos ser intitulados de monstros quando queremos que eles respeitem as nossas regras e princípios?
Que moda é esta que a Sra. Esquerda tem de insistir que eles são minorias que temos que proteger? Por que é que somos obrigados a aceitar e a abafar a nossa identidade como portugueses para prevalecerem os ideais do Médio Oriente aqui em Portugal? Já pararam para pensar que são um povo que apedreja mulheres “apenas porque sim” e condena à morte os homossexuais? É o Portugal que querem para os vossos filhos e netos?
O nosso turismo, 16% do PIB… Se continuarmos a permitir uma imigração descontrolada, sem políticas sólidas que assegurem integração e respeito pelos nossos costumes, corremos o risco de perder aquilo que nos torna únicos. O turismo não é só praias e o Algarve. Se um turista entra em Lisboa ou no Porto (no mínimo), já não respira o “ser português”. Já repararam que, se isto se descontrola, perdemos uma das maiores fontes de rendimento? Em vez da experiência portuguesa, desde a gastronomia ao jeito acolhedor do português, passando pelos típicos costumes, os turistas vão ter uma experiência de serem transportados por indianos em Tuc Tuc, de serem burlados nas entradas dos museus em Sintra, de serem roubados nas ruas do Porto e de Lisboa, locais históricos onde deveria prevalecer a beleza da “viagem no tempo” de construções que não se veem noutro local.
Os imigrantes são bem-vindos, não aqueles que vêm para viver à custa do sistema, já com o esquema montado para viver de subsídios. Não aqueles que entram pela porta dos fundos, como se de um sistema informático se tratasse, em que um hacker encontra uma “backdoor” por onde pode penetrar para conseguir entrar na Europa. Porque portugueses com perícia para contornar os trâmites do sistema para viver sem contribuir para a sociedade, está o nosso país cheio, tema com que também é preciso ter cuidado ao falar, mas não deixa de ser um problema. Assunto para outro dia.
Aceitamos os outros, os que querem procurar trabalho, melhores condições de vida, que querem ser inseridos na sociedade. Que respeitem o fado, a guitarra portuguesa, o bacalhau e as suas 1001 formas de o cozinhar e a sardinha numa fatia de pão em época de festas populares… Os que vêm para contribuir para a nossa sociedade, que querem respeitar a nossa identidade como portugueses e fazer parte dessa identidade como um de nós.
Circular nas ruas centenárias da Ribeira do Porto sem ter medo, ou na Baixa de Lisboa sem ser assaltado por um imigrante, é um luxo que irá acabar em breve.