Num comunicado hoje divulgado, o grupo Crédito Agrícola, que inclui a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, informa que a emissão se realizou em 27 de junho, com opção de reembolso antecipado no final do terceiro ano e um preço de emissão de 99,681%, com uma taxa de cupão anual de 8,375% nos primeiros três anos, e remunerada posteriormente à taxa Euribor 3M, acrescida de uma margem de 4,974%.
A liquidação da emissão ocorrerá em 04 de julho de 2023 e a Moody’s Investor Services atribuiu um ‘rating’ de “Ba1” a esta emissão, precisa o grupo.
“Após o ‘roadshow’ [apresentação] realizado entre 23 e 26 de junho, a colocação da emissão ocorreu com sucesso, com o interesse de mais de 40 investidores institucionais, dos quais 52% gestoras de fundos de investimento e 30% instituições bancárias”, adianta o comunicado.
Em termos de distribuição geográfica, 55% do investimento foi proveniente da Ibéria, e 41% dos restantes países da UE e do Reino Unido, adianta.
“Tendo por base as contas revistas de 31 de março de 2023, esta emissão de dívida social sénior preferencial permitiria ao Grupo Crédito Agrícola cumprir o requisito vinculativo de MREL TREA + CBR de 25,28% que vigorará a partir de 01 de janeiro de 2024”, refere ainda o grupo.
“Estando os valores cooperativos e de Sustentabilidade patentes de forma muito relevante no ADN do Grupo Crédito Agrícola, esta emissão destina-se a financiar e/ou refinanciar Ativos Sociais Elegíveis, no âmbito do ‘Framework’ de Obrigações de Sustentabilidade”, afirma.
O grupo considera ainda que “a conclusão da presente emissão de dívida espelha o reconhecimento, por parte do mercado, da rentabilidade, solidez, liquidez e resiliência do Grupo Crédito Agrícola, a par do seu compromisso no apoio e financiamento sustentável da economia portuguesa e na promoção do desenvolvimento socioeconómico das comunidades locais”.