Fenprof diz que tempo de serviço não é reivindicação e mantém greves

©FENPROF

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) insistiu hoje que a recuperação do tempo de serviço congelado não é uma reivindicação, mas a exigência de um direito dos docentes, mantendo, por isso, as greves anunciadas até que o Governo aceite negociar.

“Não é uma reivindicação, é uma exigência, porque o tempo de serviço foi cumprido”, afirmou o secretário-geral da Fenprof durante o encerramento do encontro nacional de dirigentes e delegados dos sindicatos de professores que integram a federação, que arrancou na terça-feira na Voz do Operário, em Lisboa.

A recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias foi uma das principais bandeiras da luta dos professores no ano letivo passado.

Com greves ao sobretrabalho a começar logo no primeiro dia de aulas e uma greve nacional marcada para 06 de outubro, o cenário deverá manter-se, antecipou Mário Nogueira, a menos que o Ministério da Educação aceite negociar aquela matéria.

“Os professores nem sequer estão a exigir tudo de uma só vez”, insistiu o dirigente sindical, recordando que a proposta entregue pela Fenprof no final da semana passada prevê a recuperação faseada do tempo de serviço e que a organização está disposta a discutir outro calendário.

“Não nos digam, porque isso não aceitamos, que esse tempo é para esquecer”, acrescentou.

Quanto à greve agendada para 06 de outubro, Mário Nogueira admitiu que espera que seja a última, mas “se a via negocial não resolver os problemas, será apenas a primeira”.

O momento seguinte de avaliação ao Governo será na apresentação do Orçamento do Estado para 2024 e se a proposta do executivo para o setor da Educação for “mais do mesmo”, mantendo aquilo que a Fenprof diz ser uma tendência de desinvestimento na escola pública, os professores “estão determinados para continuar a lutar”.

Durante a sua intervenção, o secretário-geral da Fenprof voltou também a alertar para o agravamento da falta de professores nas escolas, referindo que a uma semana do início do ano letivo há ainda 1.724 horários por preencher, sendo que, por outro lado, até dezembro deverão aposentar-se cerca de mil docentes.

Para Mário Nogueira, o aumento da procura nos cursos de Ensino, frequentemente sublinhado pelo ministro da Educação, é insuficiente e não resolve o problema no imediato.

“A primeira medida devia ser voltar a trazer os que abandonaram a profissão”, defendeu, argumentando isso só é possível através da valorização da carreira docente.

Últimas do País

A Polícia Judiciária (PJ) já está a disponibilizar o heliporto que fica situado na sua sede, em Lisboa, ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para transporte de órgãos.
Os hospitais públicos devem garantir que têm profissionais suficientes para poder dar altos aos utilizadores nos três dias em que o Governo concedeu tolerância de ponto, segundo um despacho a que a Lusa teve acesso.
Sete homens, com idades entre os 30 e os 41 anos, foram detidos por tráfico de droga nos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos (distrito de Santarém), Sintra (Lisboa), Setúbal e Vendas Novas (Évora), revelou hoje a GNR.
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) manifestou hoje preocupação com o alerta dos internistas da ULS do Tâmega e Sousa sobre a sobrecarga assistencial, assegurando que irá acompanhar o processo e intervir para promover soluções.
A Agência Portuguesa do Ambiente chumbou as alterações que o consórcio AVAN Norte queria fazer à linha de alta velocidade, nomeadamente alterar a estação de Gaia e construir duas pontes, segundo uma decisão a que a Lusa teve acesso.
A produção de vinho em Portugal teve uma quebra de 14% na campanha de 2025/2026, para 5,9 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
O Hospital de Vila Franca de Xira tem mais de 80 camas contratualizadas para doentes que já tiveram alta clínica, num investimento superior a seis milhões de euros por ano, revelou hoje o presidente do conselho de administração.
Os preços dos bilhetes nos serviços CP vão aumentar, em média, 2,26% em 2026, mas o custo dos passes não vai ter alterações, anunciou hoje a empresa.
O bolo-rei foi a última grande mudança na ceia de Natal tradicional portuguesa. Mais de 100 anos depois de sua introdução, o investigador acredita que este doce poderá começar a perder a centralidade que conquistou.
A GNR e a PSP detiveram nos últimos quatro dias uma média de 76 condutores por dia por excesso de álcool no sangue, no âmbito de operações de fiscalização mais rigorosos em virtude da quadra festiva.