PS tenta desvalorizar derrota e recusa leitura política nacional

O secretário-geral adjunto do PS procurou hoje desvalorizar a derrota dos socialistas na Madeira, considerando que o resultado está dentro da média do seu partido naquela região autónoma, e recusou qualquer leitura nacional a partir deste ato eleitoral.

© Facebook/PS

Estas posições foram assumidas em conferência de imprensa por João Torres, depois de o PS ter registado uma descida acentuada face ao último ato eleitoral nas regionais da Madeira. O PS elegeu 11 deputados, tendo obtido 28,844 votos, correspondentes a 21,30 %, quando em 2019, o PS tinha obtido 35,76% dos votos, conseguindo 19 deputados.

Perante os jornalistas, o “número dois” da direção do PS salientou que a coligação PSD/CDS-PP falhou a maioria absoluta nestas eleições regionais da Madeira, mas assumiu que o seu partido “ficou aquém” dos objetivos.

Depois, recusou qualquer leitura nacional a partir dos resultados alcançados pelo PS na Madeira.

“Pretender interpretar os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira à luz da política nacional é não compreender e não entender a importância e o significado das autonomias regionais na República Portuguesa. O PS não confunde eleições”, afirmou.

De acordo com João Torres, em qualquer ato eleitoral, seja para uma junta de freguesia, seja para um parlamento regional ou nacional, “quando o PS vence é todo o PS que vence”.

“Hoje, não foi isso que aconteceu e o PS teve aliás um resultado bastante inferior àquela que obteve em 2019, ano em que teve o seu melhor resultado de sempre em eleições regionais na Madeira”, apontou, já depois de ter saudado o presidente da coligação PSD/CDS-PP, Miguel Albuquerque, pela sua vitória eleitoral.

Interrogado sobre as causas dessa significativa descida do PS na Madeira, o secretário-geral adjunto socialista disse que, caso se atenda à evolução dos resultados do seu partido naquela região autónoma, “verifica-se que houve resultados mais elevados e outros mais baixos”.

“Há uma tendência de crescimento ao longo dos últimos anos, que teve um dado adicional em 2019 com uma subida muito substancial face a 2015. O resultado que o PS hoje alcançou na Madeira está acima da média dos resultados do PS ao longo da democracia portuguesa”, advogou.

No entanto, segundo João Torres, o resultado alcançado pelo PS “fica aquém do que os socialistas desejariam”.

“Mais considerações devem ser feitas pelo PS/Madeira, no gozo também da sua autonomia estatutária”, acrescentou.

Últimas de Política Nacional

O CHEGA continua a subir nas intenções de voto e já está em empate técnico com o PS e a AD, segundo a mais recente sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã, Jornal de Negócios, CMTV e Now.
O Chega manifestou-se hoje disponível para debater propostas no âmbito dos incêndios que têm afetado o país e pediu medidas de combate ao despovoamento do interior.
O presidente do Chega entregou ontem mantimentos e águas no quartel dos Bombeiros Voluntários do Fundão e apelou aos partidos e líderes políticos que vão ao terreno, criticando o Governo pela "gestão desastrosa" do combate aos incêndios.
O CHEGA decidiu adiar a manifestação que tinha agendada para dia 24 de agosto devido ao drama a que o país está assistir com incêndios descontrolados, vidas perdidas e casas destruídas.
O CHEGA pediu hoje um debate de urgência no Parlamento sobre a coordenação do combate aos incêndios com a presença do chefe do Governo, Luís Montenegro, e da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou o líder do partido.
O prazo para oficializar as candidaturas às eleições autárquicas de outubro termina às 18h00 de segunda-feira, devendo as listas ser entregues na comarca cível do município a que concorrem, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Os deputados do CHEGA vão doar o aumento salarial às vítimas dos incêndios. André Ventura rejeita “enriquecer à custa do sofrimento do povo” e critica privilégios em tempos de crise.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que a decisão do Tribunal Constitucional de chumbar a lei dos estrangeiros “não é compreensível” e traduz “um espírito de esquerda que se apoderou das instituições”.
O Ministério Público instaurou um inquérito-crime a André Ventura e Rita Matias por declarações feitas no Parlamento. Trata-se de algo inédito na democracia portuguesa, uma vez que, de acordo com o jornal Público, não há registo de investigações criminais motivadas por intervenções realizadas em plenário.
O líder do CHEGA disse esta quarta-feira respeitar a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público e manifestou-se convicto de que será arquivado, por considerar que se trata de uma questão de "liberdade política".