Desafios do Ensino: Identidade de Género

Nesta nova era imperam os pensamentos assertivos de uma minoria que força a imposição de novos ideais de forma rude e ofensiva, cresce o cenário dos ideais de género e sexualidade e da sua imposição e alteração social, defendida pelos partidos que nos governam, sedentos de poder e cegos pela ganância da ascensão política e financeira.

A transformação das normas de género tradicionais em prol de uma crescente consciência de diversas identidades de género e orientações sexuais tentam moldar diariamente a consciência coletiva da Nação. Desde reformas legais até ao discurso público e currículos educacionais, o governo socialista da República tem procurado implementar em Portugal medidas ditas progressistas, mas que, na realidade, são descuidadas e sem prevenção, tal como fez, por exemplo, com as leis da imigração.

Estas mudanças representam perigosos e desnecessários desafios, especialmente aos professores, os quais já são confrontados com uma infinidade de obstáculos, tais como a luta pela dignificação e progressão na carreira, falta de autoridade na sala de aula, burocracia excessiva, alteração constante do sistema de ensino e falta de tempo para a planificação das atividades letivas, que são, afinal, o núcleo da sua profissão.

Os professores desempenham um papel fundamental no crescimento intelectual e pessoal dos seus alunos. Transmitem conhecimento, promovem o pensamento crítico e ajudam na aquisição e no desenvolvimento de competências. No entanto, nos últimos anos, uma camada adicional de responsabilidade foi imposta aos professores, nomeadamente a de lidar com ideais de género em evolução e as questões da sexualidade que lhe estão relacionadas em contexto da sala de aula.

É crucial reconhecer que, embora os professores sejam figuras influentes na vida dos alunos, não são substitutos dos pais. A orientação e compreensão de assuntos relacionados com sexualidade e identidade de género são tarefas que cabem à família.

As escolas são lugares onde os alunos são tratados como iguais, independentemente da sua identidade de género ou orientação sexual. Incentivar um ambiente de género neutro e inclusivo é importante, mas isso não se deve traduzir em situações em que os professores são forçados a participar em discussões divisivas e inapropriadas em termos de desenvolvimento para crianças e jovens de tenra idade.

Embora seja fundamental promover a compreensão e a aceitação, a abordagem de alguns alunos quanto à sua identidade de género é, no mínimo, áspera e fragmentada. Uma crescente preocupação com a idade em que essas conversas são introduzidas no círculo escolar, especialmente pelos pares, que devido a conversas de café e à visualização de conteúdos abrasivos nas redes sociais, influenciam os mais ingénuos, levando alguns a considerar que a bissexualidade ou a homossexualidade é uma matéria de moda, ao passo que a heterossexualidade se equipara a homofobia. Crianças de dez anos, em desenvolvimento biológico e psicológico, não têm de afirmar a sua identidade de género. Não é normal que numa aula de matemática para crianças de acabadas de sair do ensino primário, a professora recorra a um simples exemplo para a aprendizagem de um conteúdo, que outrora era objetivamente entendido por todos nós, mas que, nos dias de hoje, causa uma revolução, designadamente perceber a estatística através da percentagem de elementos do sexo masculino e do sexo feminino que constituem a turma, pois uma das meninas diz ser rapaz e não aceita fazer parte da percentagem referida ao sexo feminino. 

Situações como estas hoje abundam nas nossas salas de aula e comprovam que as crianças em desenvolvimento não têm, nem devem, ser expostas a interpretações dúbias, propensas a semear noções impróprias no seu pensamento e desenvolvimento sexual, porventura em oposição aos interesses da família das próprias crianças.

É imperativo que Portugal continue a abraçar o progresso e a inclusão, mas isso deve ser feito de maneira a preservar a missão essencial das suas instituições educacionais, isto é, educar e preparar a próxima geração para os desafios e oportunidades que se apresentam, respeitando conscientemente os limites apropriados para essas discussões sensíveis.

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