O eurodeputado polaco Dominik Tarczyński, conhecido pelos seus incisivos discursos contra a política migratória da União Europeia, apresentou no Parlamento Europeu em Abril, a Polónia, terra de João Paulo II, Copérnico e Chopin, como o futuro da Europa: um país seguro e economicamente saudável, onde ainda se mantem a chama da identidade nacional e da catolicidade popular. Pelo contrário, e de acordo com o parlamentar do Lei & Justiça (PiS), as multiculturais (e multi-religiosas) França, Alemanha ou Suécia, são hoje lugares perigosos, onde deflagram fenómenos de terrorismo islâmico, criminalidade galopante e formação de áreas degradadas e sem lei, como as “no-go zones” / áreas vulneráveis suecas.
“Sejam como a Polónia!”, rematou Tarczyński.
Porém, o revés eleitoral do PiS em Outubro, lançou a grande nação católica do Velho Continente num impasse político. O partido nacional-conservador há oito anos no poder, venceu as eleições legislativas, mas arrisca-se a ser ultrapassado no parlamento por uma geringonça à moda do Vístula, que vai desde a esquerda ao centro liberal. A coligação negativa tem como cabecilha Donald Tusk, antigo líder do Conselho Europeu e fervoroso federalista. A putativa vitória foi naturalmente saudada com júbilo por Ursula von der Leyen.
A defesa intransigente da vida, o combate sem tréguas à ideologia de género, a manutenção da segurança nas ruas e a preservação de uma identidade pátria, são causas ignominiosas para a nomenklatura de Bruxelas, com uma agenda político-cultural diametralmente oposta à da Polónia, não hesitando no uso e abuso da chantagem financeira – há um ano que estão congelados 35 mil milhões de euros do PRR, para forçar os polacos a aceitar o Pacto Migratório da UE, um mecanismo de realocação forçada imposto pela burocracia europeia, que levaria à admissão imediata de milhares de imigrantes do terceiro mundo. Uma “lição” da pérfida UE ao campeão do acolhimento de refugiados (verdadeiros!) ucranianos. Não obstante, o país de Lech Wałęsa resiste à nova intimação externa à sua liberdade. Para as chefias polacas, a paz social vale bem uma multa. Pelo menos enquanto permanecer em Varsóvia um executivo liderado pelo PiS.
Por cá na “ocidental praia lusitana”, a governança não é animada do mesmo espírito. Quando até os países escandinavos, outrora uma espécie de Éden para asilados do Islão, travam a fundo com políticas de tolerância zero à imigração ilegal, Portugal bate todos os recordes europeus na atribuição de vistos de residência: mais de 300.000 este ano, tendo sido atingida a alarmante cifra de um milhão de cidadãos estrangeiros no país, a maioria proveniente do Brasil, África e Subcontinente Indiano. Com uma natalidade anémica, uma sangria emigratória incessante e o fim do SEF, não se augura um pacífico e auspicioso futuro para o nosso país. A nova Agência Portuguesa para a Integração, Migrações e Asilo (nome sugestivo!), tem já cerca de 700.000 processos de imigrantes pendentes em mãos! Assim, rejeitar a existência de um “Processo de Substituição Populacional Em Curso” em Portugal, constitui um perigoso negacionismo. O seu impulsionador é o governo socialista de António Costa, com o apoio ou o silêncio covarde de todos os partidos com assento na AR, à excepção do CHEGA.
A Nação Portuguesa, culturalmente homogénea e tranquila, construída ao longo de um milénio, corre o risco de ser destruída em poucos anos, por uma subversão daquilo que é a seiva da sua árvore pátria, o seu povo, substituído por gente de civilizações distantes, não adaptável à nossa tradição e modo de viver, o que levará de forma inexorável à importação dos mesmos problemas sociais com que hodiernamente se debatem as sociedades mais cosmopolitas da Europa. A chegada massiva de potencial força de trabalho não qualificada vai contribuir ademais para a perpetuação de um modelo económico precário, baseado em sectores de baixos salários, baixa dignidade laboral e baixo valor acrescentado.
Não queiramos este fado. Sejamos como a Polónia!