“O número de passageiros transportados, apesar dos acréscimos registados em todos os modos de transporte face a 2021, ainda não atingiu os níveis pré-pandemia”, refere o INE no estudo “Estatísticas dos Transportes e Comunicações 2022”.
Na comparação com 2019 houve uma queda de 2,1% no modo ferroviário, uma redução de 19,2% no metropolitano, uma diminuição de 12,1% no rodoviário, uma contração de 15,6% no fluvial e um decréscimo de 5,6% no transporte aéreo.
As mercadorias transportadas por via marítima e aérea, por sua vez, apresentaram crescimentos de 2,3% e 17,1%, respetivamente.
Em sentido contrário, as mercadorias transportadas por ferrovia e rodovia tiveram decréscimos de 3,5% e 1%, face a 2019, com exceção do transporte aéreo, que denotou um crescimento (+8,5%), tendo os restantes modos apresentado quedas (-7,2% na rodovia; -4% na ferrovia e -0,3% no modo marítimo).
Em 2022, o setor das Comunicações continuou a crescer, com o volume de negócios a aumentar 4,6%, após uma subida de 6,7% em 2021.
Além disso, o número de acessos à internet também aumentou (+3,7%, após igual valor em 2021) com a fibra ótica a crescer a um ritmo assinalável (+10,1%; +12,8% em 2021).
O número de acessos telefónicos no serviço fixo cresceu 2,2% em 2022, contra um aumento de 2% no ano anterior, enquanto o número de acessos móveis ativos e com utilização efetiva cresceu 3,6% em 2022 em termos homólogos (+5,9% em 2021) e o tráfego de voz com origem na rede móvel (em número de chamadas) subiu 4% no ano passado.
O INE realça ainda que o número de assinantes do serviço de televisão por subscrição aumentou 3,1% em 2022, uma décima acima do acréscimo observado em 2021, sendo que apenas o tráfego postal registou uma queda (-4,2%, -2,7% em 2021).
O movimento de mercadorias nos portos marítimos nacionais atingiu 85 milhões de toneladas, tendo aumentado 2,3% após a subida de 4,7% observada em 2021, enquanto em relação a 2019 se registou uma queda de 0,3%.
No caso do porto de Sines, este movimentou 41,6 milhões de toneladas e registou uma queda de 3%, em relação a 2021 (+7,0% face a 2019), tendo diminuído em 2,7 pontos percentuais (p.p.) o seu peso no total, mas mantendo-se como o porto com maior representatividade nacional (48,9%).
Já o movimento de mercadorias no porto de Leixões (15,6% do total; -0,7 p.p.) decresceu 2% (-12,5% em 2021), enquanto no porto de Lisboa aumentou 27,2% (13,2% do total; +2,6 p.p.; +6,0% em 2021), lê-se na informação do INE.