Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) em que informa sobre os resultados consolidados de 2023, o Novo Banco refere que este resultado líquido é reflexo “de um sólido modelo de negócio doméstico” alinhado com as expectativas dos clientes e das medidas de eficiência aplicadas nos últimos anos.
Este desempenho, refere a nota emitida, decorre da melhoria do produto bancário (+315,9 milhões de euros; +28,0%) e dos custos operativos (+30,8 milhões de euros; +6,9% ou +6,2% excluindo itens de natureza excecional) e da normalização do nível de provisionamento.
O presidente executivo do Novo Banco, Mark Bourke, citado no comunicado enviado à CMVM, afirma que a instituição apresentou “um conjunto de fortes resultados, superando todas as metas financeiras”, evidenciando “um consistente histórico de execução e entrega”.
“Mantemo-nos focados nos nossos clientes e bem posicionados para satisfazer as suas necessidades financeiras, suportados por um balanço sólido”, acrescenta.
De acordo com os resultados, a taxa da margem financeira foi de 2,75% (1,47% em 2022), acima do ‘guidance’ (superior a 2,5%), e a margem financeira ascendeu a 1.142,6 milhões de euros (625,5 milhões de euros em 2022), em resultado do ambiente favorável das taxas de juro, da gestão criteriosa das taxas de juro dos ativos e do custo de financiamento.
As comissões ascenderam a 296,1 milhões de euros, um aumento de 0,9% face ao período homólogo (293,3 milhões de euros), “com o impacto das alterações legislativas a condicionarem, em parte, a evolução positiva deste agregado”, refere a instituição.
O custo do risco subiu para 48pb (44pb em 2022), incluindo as imparidades para crédito e obrigações ‘corporate’ (incluindo ‘management overlays’).
O banco refere ainda que a forte geração de capital se refletiu no aumento do capital próprio tangível em 894 milhões de euros, atingindo os 4,126 milhões de euros, mais 27,7% comparando com o período homólogo.
O crédito a clientes bruto situou-se nos 25.500 milhões de euros (estável face a dezembro de 2022) e a quota de mercado global atingiu os 9,8% em novembro de 2023 (+0,2pp vs dez/22), “espelhando o aumento da presença do banco no mercado português”.
Os créditos não produtivos (NPL) reduziram 17,7% no ano, para 1.133 milhões de euros, e o rácio líquido NPL desceu para 0,7% (1,3% em dezembro de 2022).
Os recursos totais totalizaram 34.900 milhões de euros , mais 0,2% do que em dezembro de 2022 (34.800 milhões de euros), com os depósitos a situarem-se em 28.100 milhões de euros.
Este desempenho, indica a nota, “reflete-se no crescimento da quota de mercado dos depósitos para 9,7% em novembro 2023 (9,3% em dezembro 2022).
A 31 de dezembro de 2023, o novobanco tinha um financiamento líquido junto do BCE de -4.200 milhões de euros.
A instituição lembra ainda que o Novo Banco foi distinguido como “Banco do Ano em Portugal” pelo The Banker, uma publicação do Grupo Financial Times a 1 de novembro de 2023.