Rússia anuncia mais meios militares em resposta à adesão de Finlândia e Suécia à NATO

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, anunciou hoje que serão mobilizados mais recursos militares como resposta às adesões da Finlândia e da Suécia à NATO.

© Facebook Sergei Lavrov

 

Lavrov destacou os distritos militares de Moscovo e Leningrado, para onde “serão destacadas forças adequadas aos desafios à segurança da Federação Russa que possam surgir dos territórios da Finlândia e da Suécia”.

O chefe da diplomacia Russa fez estas declarações a partir do Fórum Diplomático de Antalya, na Turquia, onde lamentou que Helsínquia e Estocolmo tenham mudado “décadas de boa vizinhança” e neutralidade com a sua entrada na Aliança Atlântica.

Lavrov também garantiu que a Rússia está disposta a sentar-se para negociar com a Ucrânia, embora tendo sempre em conta os seus legítimos interesses e a legalidade internacional.

“A crise terminará quando Kiev começar a cumprir as normas mais básicas do direito internacional, incluindo o respeito pelos direitos humanos”, sublinhou, embora tenha alertado que a Rússia “não tem o direito ou a opção de trair o povo russo do Donbass, de Novorosia”.

Lavrov também denunciou uma atitude “agressiva” dos Estados Unidos e dos seus aliados e citou como exemplo uma fuga de conversas dentro das Forças Armadas alemãs nas quais se especula um ataque à ponte de Kerch, que liga Krasnodar à Crimeia, uma “revelação” sobre as posições distantes entre o Governo alemão, liderado por Olaf Scholz, e as Forças Armadas alemãs.

Esta posição é para tentar distanciar a Arménia da Rússia e prolongar o conflito na Palestina, onde alertou para a “limpeza étnica”.

Para Lavrov, a única solução para o conflito israelo-palestiniano é a “implementação das resoluções da ONU” e a “criação de um Estado palestiniano”.

Washington e outros governos ocidentais estão a “minar” esta criação de um Estado, “deixando tudo como está”, razão pela qual alertou que um êxodo da população de Gaza concentrada em Rafah para o Egito é “inaceitável”.

“Seria uma limpeza étnica de facto”, frisou.

O chefe da diplomacia russa também propôs que a Al Fatah e o Hamas se reconciliassem e unissem forças na Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Últimas do Mundo

A ilha italiana da Sicília vai acolher o primeiro centro de formação para pilotos de caças F-35 fora dos Estados Unidos, anunciou hoje o ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.