Este aumento da inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) deveu-se, sobretudo, à subida da eletricidade e dos combustíveis, que em março de 2023 tinha descido.
A inflação em Espanha subiu em março pelo segundo mês consecutivo depois de três de descida.
Já os preços dos alimentos e das bebidas não alcoólicas subiram menos do que em março do ano passado.
A inflação subjacente (que exclui a energia e os alimentos frescos, não elaborados) foi 3,3% em março, menos duas décimas, e tem vindo a moderar-se há oito meses consecutivos.
Espanha vai manter pelo menos até meados do ano sem IVA os alimentos considerados básicos, assim como outras medidas de resposta à inflação.
Na área da energia, o IVA (imposto sobre o consumo) da eletricidade subiu de 5% para os 10% em janeiro.
Espanha adotou pacotes para responder à subida dos preços depois de no primeiro semestre de 2022 ter tido dos valores mais elevados da União Europeia e de em julho daquele ano ter registado a inflação mais alta no país desde 1984 (10,77%).
Ao longo de 2022, o país aprovou vários pacotes de medidas para responder à inflação superiores a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de 45.000 milhões de euros, entre ajudas diretas a consumidores e empresas e benefícios fiscais.
Para tentar responder à escalada dos preços dos alimentos, entrou em vigor em janeiro de 2023 um novo conjunto de medidas que incluem a suspensão do IVA de alguns alimentos e produtos considerados básicos.
Espanha fechou 2022 com a inflação mais baixa da União Europeia (5,7%) e no ano passado a taxa continuou a baixar, apesar de algumas oscilações durante o ano, chegando a dezembro nos 3,1%.