Riscos criados pela dívida em Portugal continuam a diminuir

As vulnerabilidades de Portugal relacionadas com o elevado nível de endividamento continuam a diminuir, indica hoje a Comissão Europeia, na avaliação dos desequilíbrios macroeconómicos no contexto do Semestre Europeu.

© D.R.

No documento, hoje publicado, o executivo comunitário conclui que “as vulnerabilidades relacionadas com o elevado nível de endividamento público, privado e externo continuam a diminuir”, com os rácios da dívida pública e privada “a diminuírem a um ritmo acelerado”, situando-se muito abaixo dos picos históricos.

O relatório salienta também terem sido “realizados progressos políticos em resposta às vulnerabilidades identificadas, com especial destaque para a atenuação dos riscos decorrentes do aumento das taxas de juro”.

Bruxelas destaca ainda que, em 2023, os indicadores de sustentabilidade externa de Portugal “melhoraram substancialmente”, com a balança corrente a registar um excedente.

No entanto, a avaliação aponta que “os riscos para a sustentabilidade orçamental de Portugal são considerados elevados a médio prazo e reduzidos a curto e longo prazo”.

A Comissão Europeia prevê que o endividamento privado, público e externo do país continue a sua trajetória favorável, apoiado pelo crescimento económico, continuando a procura interna a beneficiar das subvenções e empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Os principais riscos “referem-se ao ambiente externo incerto e ao seu potencial impacto no crescimento económico de Portugal”, é ainda salientado.

A avaliação final sobre a existência de desequilíbrios macroeconómicos nos 12 Estados-membros sujeitos a análises aprofundadas será apresentada no âmbito do pacote da primavera do Semestre Europeu, em junho, juntamente com recomendações específicas para cada país.

Últimas de Economia

O Banco Central Europeu (BCE) acredita que a adoção do euro digital vai levar à retirada de cinco em cada 10 euros físicos em circulação, segundo um relatório hoje divulgado.
O Governo italiano vai permitir que a oferta pública de aquisição (OPA) do Banco BPM pela UniCredit avance, desde que sejam cumpridas algumas condições, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira à noite.
Mais de uma em cada três empresas alemãs prevê reduzir o número de postos de trabalho em 2025, segundo um estudo do Instituto Alemão de Economia de Colónia (IW) em que se alerta para uma “crise profunda”.
A pesca da sardinha vai reabrir esta segunda-feira, com um limite de 34.406 toneladas para 2025, segundo um despacho hoje publicado em Diário da República.
O preço dos ovos na União Europeia (UE) subiu 6,7% em março, face ao mês homólogo, e 2,9% em Portugal, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
O Tribunal de Contas encontrou falhas no controlo efetuado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) ao regime fiscal de que beneficiam os fundos de investimento imobiliário, segundo um relatório de auditoria hoje divulgado.
O setor da hotelaria tem boas expectativas para o fim de semana da Páscoa, antecipando uma ocupação de 73% e um preço médio de 161 euros, afirma a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
Grandes bancos portugueses têm restrições nos empréstimos à indústria de defesa, em especial de armamento, e alguns admitem vir a alterar no âmbito da mudança estratégica para rearmamento a nível da União Europeia (UE).
O número de pedidos de ajuda por dificuldade em pagar a renda aumentou no primeiro trimestre 67% face ao mesmo período do ano passado, indica Deco, que recebeu mais de 300 solicitações até ao final de março.
A procura de crédito à habitação voltou a aumentar no primeiro trimestre deste ano, face aos últimos três meses de 2024, segundo o Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito do Banco de Portugal.