CHEGA insiste em marcação de debate sobre indemnizações às ex-colónias

O CHEGA insistiu hoje na marcação do debate de urgência requerido pelo partido sobre a eventual atribuição de "indemnizações às antigas colónias", tendo o presidente da Assembleia da República ficado de tomar uma decisão "nas próximas horas".

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas após uma reunião extraordinária da conferência de líderes, o líder parlamentar do CHEGA disse ter havido “uma coligação entre todos os partidos contra o debate de urgência” requerido pelo seu partido.

Pedro Pinto considerou que este debate, que o partido queria que tivesse acontecido hoje, deveria realizar-se até segunda ou terça-feira e acusou as restantes forças políticas de terem arranjado “mil e uma desculpas para não ser agendado” e de “não terem interesse em realizar este debate”.

“O que queremos é que o debate de urgência do CHEGA vá para a frente”, assinalou, afirmando que o seu partido fez “diversas tentativas de chegar a um consenso” e que pediu inclusivamente que fosse marcada uma reunião plenária extraordinária, mas os restantes partidos “mostraram-se contra”.

Indicando que o presidente da Assembleia da República “ficou de pensar” e tomar uma decisão sobre o assunto, Pedro Pinto apelou “à sensibilidade” de José Pedro Aguiar-Branco e pediu que o Regimento da Assembleia da República seja cumprido. Também em declarações aos jornalistas, o porta-voz da conferência de líderes indicou que o parlamento tem “duas semanas consecutivas com agendamentos potestativos para a fixação da ordem do dia” e que está em causa “o exercício de dois direitos regimentais que acabam por conflituar”.

O deputado do PSD indicou que houve “um entendimento largamente maioritário das forças políticas de que havendo debates potestativos para fixação da ordem do dia não é possível aditar novos pontos nem realizar outros debates durante esse dia”, enquanto o CHEGA entendeu “que os debates de urgência são um direito que se sobrepõe a todos os outros debates”.

Jorge Paulo Oliveira disse também não ser possível a marcação de plenários extraordinários, lembrando que estão agendadas durante a próxima semana jornadas parlamentares e um congresso, pelo que nesses dias não há trabalhos parlamentares. O deputado indicou também que as “reuniões plenárias, salvo consenso da conferência de líderes, só se podem realizar às quartas e quintas-feiras à tarde e à sexta-feira de manhã”, tendo de ser convocadas com pelo menos 24 horas de antecedência.

“Dentro deste quadro, o senhor Presidente da Assembleia da República contará decidir nas próximas horas, entre hoje e amanhã é minha convicção de que haverá um despacho a dizer qual foi a sua decisão”, indicou.

O porta-voz da conferência de líderes indicou que a primeira oportunidade para o debate ocorrer após os debates potestativos é o dia 15 de maio, quando está marcado um debate quinzenal com o primeiro-ministro.

Na terça-feira, o CHEGA pediu o agendamento de um debate de urgência no parlamento para que o Governo esclareça se está a ser equacionada a atribuição de eventuais “indemnizações às antigas colónias”, na sequência das declarações do Presidente da República.

Últimas de Política Nacional

A manifestação do CHEGA contra o que qualificam de imigração descontrolada e insegurança nas ruas, que juntou hoje centenas de pessoas no Porto, contou com André Ventura, que alertou que a imigração cresceu 95% em Portugal nos dois últimos anos.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje uma proposta do CHEGA que contempla o reforço dos meios técnicos para a proteção dos cabos submarinos de telecomunicações.
Para André Ventura, o “PS e PSD estão mais preocupados em aumentar os salários dos políticos do que subir as pensões dos portugueses”, frisando que se trata de um “Orçamento do bloco central”.
O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou na passada sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
“Num país em que tantos sofrem por salários e pensões miseráveis, os políticos têm de acompanhar o povo.” É desta forma que André Ventura começa por apontar o dedo ao PSD/CDS que está a propor acabar com o corte aos titulares de cargos políticos de 5%, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".
Bárbara Fernandes exigiu também a “suspensão imediata do responsável máximo do Departamento de Urbanismo.”
O CHEGA vai abster-se na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, permitindo a sua aprovação se os partidos da esquerda votarem a favor.
O Governo anunciou que o saldo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para 2025 ia ser positivo, mas fez mal as contas. Após uma revisão das projeções, o executivo admitiu que o SNS vai, afinal, apresentar um défice no próximo ano, num valor que ultrapassa os 217 milhões de euro
O presidente do CHEGA, André Ventura, desafiou esta terça-feira o primeiro-ministro a apresentar na Assembleia da República uma moção de confiança ao seu Governo, mas afastou a possibilidade de apresentar uma moção de censura.