Manifestantes pró-Tibete protestam em Paris contra visita de líder chinês

Manifestantes juntaram-se hoje em Paris para protestar contra a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a França, um "país de direitos humanos" que acolhe "um ditador".

©Facebook/XiJinping

 

“Parem com a ameaça contra Taiwan, parem com a repressão em Hong Kong, parem com o apoio a [Vladimir] Putin (Presidente russo), parem com a interferência em França”, lia-se numa grande faixa na Praça da República, o local tradicional das manifestações na capital francesa.

Podia ler-se ainda cartazes com frases como “Ditador Xi Jinping, o teu tempo acabou” e “Não ao totalitarismo chinês”.

Centenas de manifestantes hastearam a bandeira tibetana, a multidão entoou repetidamente cânticos como “França, país dos direitos humanos”, “Viva o Tibete livre” e “Tibete livre”.

Xi Jinping “é um ditador” que quer acabar com a tradição e a cultura tibetanas, disse à AFP Karma Thinlay, presidente da comunidade tibetana em França, quando o líder chinês chegou a Paris no domingo à tarde para uma visita de dois dias.

Na China, “não há liberdade de expressão, não há liberdade nenhuma”, lamentou, acrescentando: “a França é um país de direitos humanos e de liberdade, e isso não é compatível com a vinda” de Xi Jinping.

O Presidente francês Emmanuel Macron pretende defender a “reciprocidade” no comércio e a procura de uma solução para a guerra na Ucrânia, perante um Presidente que não está disposto a aceitar as exigências da UE.

“Emmanuel Macron deve estar ciente de que é impossível fazer negócios com a China com calma e confiança, porque a China é um país onde todos os direitos são espezinhados”, continuou Thinlay.

“Há mais na vida do que a economia”, disse, esperando que o Presidente francês aproveite esta “oportunidade” para discutir a situação no Tibete, com vista a encontrar “uma solução pacífica”.

Ao longo dos séculos, o Tibete tem alternado entre períodos de independência e de controlo por parte da China.

O Dalai Lama, no exílio, sempre se recusou a reconhecer que o Tibete fazia historicamente parte da China, como exigido por Pequim, que se tem servido desse facto para recusar o diálogo com os seus representantes desde 2010.

Últimas do Mundo

O Papa Leão XIV recebeu hoje oito comunidades religiosas e de missionários em Castel Gandolfo, onde passa uns dias de descanso, e encorajou-os “a pensar em grande”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou hoje que Bruxelas continua disposta a negociar com os EUA para chegar a um acordo antes de 01 de agosto, após Donald Trump anunciar tarifas de 30%.
A Ucrânia afirmou hoje que a Rússia lançou quase 600 drones e disparou 26 mísseis de cruzeiro contra o país, fazendo dois mortos e 20 feridos, apesar de ter conseguido abater mais de metade dos drones e mísseis.
O Governo de França proibiu o uso de ecrãs digitais em creches e centros de educação, para crianças com menos de três anos, para as "proteger voluntariamente" destes estímulos "durante os primeiros anos de vida".
O chefe da diplomacia da Rússia, Sergei Lavrov, reconheceu hoje o envolvimento de soldados norte-coreanos na "libertação da região de Kursk" e descreveu-o como prova da "irmandade inquebrável" entre os dois países.
Uma operação internacional contra o tráfico de pessoas levou à identificação de 1.194 potenciais vítimas e à detenção de 158 suspeitos em 43 países, revelou hoje a Interpol.
Um agente dos serviços secretos da Ucrânia (SBU) foi hoje morto a tiro em Kiev, anunciou o próprio organismo, numa ocorrência considerada rara, mesmo em contexto de guerra.
A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou, durante a última noite, o maior ataque com ‘drones’ e mísseis desde o início da invasão em 2022.
A Proteção Civil da Faixa de Gaza informou hoje que pelo menos 20 pessoas foram mortas, incluindo seis crianças, em dois ataques aéreos lançados esta madrugada por Israel contra o território palestiniano.
Cerca de 20 aeronaves de guerra chinesas sobrevoaram hoje os arredores de Taiwan, um dia antes do início das manobras militares anuais do Exército taiwanês, conhecidas como Han Kuang, informaram fontes oficiais da ilha.