A política, na sua essência mais pura, deveria ser a arte de gerir o Estado com princípios e integridade. No entanto, o que temos testemunhado em Portugal parece distanciar-se radicalmente desse ideal. Inspirados pelos ensinamentos de filósofos como Maquiavel e Kant, devemos refletir sobre as práticas políticas atuais e o impacto destas na sociedade e na moral coletiva.
Na sua obra “O Príncipe”, Nicolau Maquiavel aborda táticas de poder, incluindo estratégias que sugerem a divisão como meio de manter o controle, “divide et impera” (dividir para governar), uma prática que, embora eficaz, alimenta a discórdia. Em contrapartida, Immanuel Kant, em “À Paz Perpétua”, defende fervorosamente a moralização da política como essencial para a paz entre nações. Ele não trata explicitamente das máximas “fac et excusa” ou “si fecisti, nega”, mas através do seu imperativo categórico, que promove ações baseadas em princípios universalizáveis, Kant claramente repudia tais práticas. Assim, destaca a necessidade de integridade e transparência na política para fomentar a confiança e garantir a paz internacional.
No cenário político português, temos observado uma repetição preocupante destas máximas imorais. A postura recente de personalidades políticas, incluindo episódios de declarações irresponsáveis do próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “embriagado” no seu transtorno de comentador, sugerindo que Portugal deveria pagar compensações às ex-colónias, são indicativos de uma política que perdeu o seu rumo ético. Tais declarações desrespeitam a história e a complexidade das relações pós-coloniais, comprometem a imagem do país e desvalorizam os princípios democráticos que deveriam nortear a nossa nação. Como conservadores e defensores da moralidade, não podemos simplesmente assistir à degradação dos valores que sustentam a nossa sociedade. É imperativo que defendamos a ética na política, o respeito pelas leis, pela Constituição e pelo estado democrático de direito.
O conservadorismo em Portugal deve ser uma voz ativa no respeito pela nossa rica história de 900 anos. Não podemos permitir que “comentadeiros” embriagados e com comportamentos traidores ditem o futuro de Portugal, da nossa pátria.
Portugal e os portugueses merecem mais, merecem melhor. É nosso dever como cidadãos envolver-nos e exigir responsabilidade e decoro daqueles que nos representam. Devemos lembrar sempre que a verdadeira força de uma nação reside na integridade dos seus líderes e na vigilância incessante do seu povo.
Por Portugal
Pelos Portugueses