Os Jogos Olímpicos de 2024 estão prestes a iniciar em Paris, um momento em que atletas de todo o mundo reúnem para competir numa atmosfera de excelência atlética.
Contudo, à medida que nos aproximamos da data do evento, é impossível ignorar a sombra de controvérsias que pairam sobre esta competição, especialmente em relação à participação de atletas transgéneros.
A narrativa da inclusão e da igualdade de género tem sido impulsionada vigorosamente nas últimas décadas, muitas vezes às custas da equidade desportiva. É percetível a pressão sentida para incluir atletas transgéneros nas categorias de género opostas à sua biologia, e tal tem gerado uma polarização perigosa, que mina os princípios fundamentais da justiça no desporto.
A ciência é clara quanto às diferenças biológicas entre homens e mulheres, e ignorá-las em nome da inclusão é uma farsa intelectual.
A testosterona, hormona predominante nos homens, confere vantagens físicas que não podem ser simplesmente niveladas por políticas de inclusão. Permitir que atletas transgéneros compitam sem restrições de género é condenar as atletas biologicamente femininas a uma desvantagem injusta e minar a integridade das competições.
Federações como, a World Athletics, antiga Associação Internacional de Federações de Atletismo, a Federação Internacional de Natação (Fina) e a União Ciclística Internacional (UCI) vetaram a participação de mulheres transgénero em competições femininas de elite se tiverem vivido a puberdade enquanto rapazes – após os 12 anos.
Um exemplo que fere a verdade desportiva, temos o caso de Rebecca Quinn, Jogadora de futebol do Canadá, a primeira atleta transsexual a conquistar uma medalha olímpica (bronze), na edição Rio-2016, que apenas em 2020 assumiu a sua mudança.
Esta obsessão com a agenda de género nada mais faz do que criar divisões, fissuras cada vez mais profundas entre homens e mulheres. Em vez de promover a equidade, o respeito pelas diferenças e a complementaridade, esta agenda está a promover ressentimentos e divisões, que acabam por transformar o desporto num campo de batalha ideológico.
Para quando uma reflexão séria sobre os motivos por detrás desta agenda de género e reconhecermos as consequências prejudiciais que ela nos causa a todos, direta ou indiretamente?
Chamar de inclusão a algo que à partida exclui mais atletas do que aqueles que tenta incluir, não é inclusão é injustiça. É fundamental que o Comitê Olímpico Internacional retome o controlo da situação e reafirme seu compromisso com os princípios fundamentais do desporto.