“O CHEGA sente um alívio de não ter estas pessoas na campanha. Ursula Von der Leyen representa tudo o que nós combatemos na União Europeia, desde a gestão desastrosa que a União Europeia teve durante a covid-19 e que está a ser investigada pela procuradoria geral europeia, com contratos ora fraudulentos ora com suspeitas de desvio de dinheiro grave, e em que a própria Ursula von der Leyen recusou revelar mensagens que tinha trocado com farmacêuticas importantes no âmbito desta investigação”, afirmou.
O líder do CHEGA falava aos jornalistas no arranque da visita a uma feira em Elvas, distrito de Portalegre, no âmbito da campanha para as eleições europeias.
“Ursula von der Leyen representa duas coisas que nós nunca aceitaremos, a imigração descontrolada que bateu à porta da Europa e de que ela é um dos principais rostos, a par da ex-chanceler alemã Angela Merkel, e uma enorme incapacidade de combater a corrupção”, salientou.
André Ventura disse que “se a AD se sente confortável em ter Ursula Von der Leyen ao seu lado, é um problema que Luís Montenegro e os candidatos da AD a estas eleições terão de conseguir responder”.
“Mas também quem já se sentiu confortável com a vitória de Miguel Albuquerque na Madeira, não me espanta que também se sinta confortável com Ursula von der Leyen. Só falta José Sócrates aparecer na campanha do PS também”, considerou.
O presidente do CHEGA afirmou que “ainda bem” que o CHEGA “não tem esses pesos pesados” a seu lado nesta campanha, e também não os quer, e defendeu que a presidente da Comissão Europeia marcar presença na campanha portuguesa, nomeadamente da AD, “é um dado muito significativo”.
“É sinal que ela está com medo que os dois partidos do sistema não vençam estas eleições e que o CHEGA possa vencer”, salientou.
Ventura indicou também que o CHEGA não terá personalidades de partidos internacionais na sua campanha porque lhes pediu “para não virem, senão cá estariam certamente”.
“Quer o líder do Vox, Santiago Abascal, apesar de pertencer a oura família política, quer o homem que venceu as eleições da Holanda, Geert Wilders, quer o Rassemblement National, se desponibilizaram a vir a Portugal apoiar-nos. Não vêm porque eu não quis que viessem e porque eu entendi que esta campanha devia ser focada em temas que dizem respeito diretamente a Portugal, apesar de ser uma campanha europeia”, referiu.
O líder do CHEGA afirmou que “quis que esta campanha fosse focada nos assuntos nacionais”, por entender que “é isso que os portugueses querem”.
E acusou PS e PSD de serem responsáveis pelo afastamento dos portugueses das matérias europeias, mas indicou que também não é agora que vai tentar mudar isso.
“Na Europa que defendemos, que é a Europa das nações, cada nação tem o seu problema e a Europa fortalece-se se cada nação discutir o seu problema, não se começarmos a discutir coisas exotéricas que às pesas não dizem absolutamente nada”, defendeu, dando como exemplo os tratados europeus.