Trump diz a Netanyahu que futuro do Médio Oriente pode ser desastroso se não for eleito

O candidato republicano às presidenciais norte-americanas, Donald Trump, disse num encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que se não vencer as eleições de novembro, o futuro do Médio Oriente pode ser desastroso.

© Facebook de Donald J. Trump

 

“Temos incompetentes a governar o nosso país”, afirmou na sexta-feira, na Florida (sudeste), Trump, sentado à frente a Netanyahu. “Se ganharmos, será muito simples. Tudo se vai resolver e muito rapidamente”, acrescentou.

“Se não vencermos, poderemos enfrentar grandes guerras no Médio Oriente e talvez uma terceira guerra mundial”, defendeu.

Após o encontro, a equipa de campanha do candidato republicano emitiu um comunicado, notando a vontade de Trump de “levar a paz ao Médio Oriente” caso regresse à Casa Branca.

Trump e Netanyahu mostraram proximidade durante o encontro na casa do ex-presidente norte-americano em Mar-a-Lago. O ambiente foi menos amistoso para o líder israelita quando se reuniu, na quinta-feira, com a vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

“O que aconteceu em Gaza nos últimos nove meses é devastador”, disse Harris, referindo-se às “crianças mortas” e às “pessoas desesperadas e esfomeadas que fogem em busca de segurança”.

“Não podemos desviar o olhar destas tragédias. Não podemos permitir que nos tornemos insensíveis ao sofrimento e eu não vou ficar em silêncio”, acrescentou à imprensa.

Na sexta-feira, Trump descreveu Harris como uma mulher da “esquerda radical” e disse que “os seus comentários eram desrespeitosos” para com Israel.

A viagem de Netanyahu à Florida segue-se a um discurso enérgico numa sessão conjunta das duas câmaras do Congresso na quarta-feira, e a encontros, no dia seguinte, com o Presidente norte-americano, Joe Biden e a vice-Presidente, Kamala Harris, que anunciou no domingo a candidatura à Casa Branca contra Trump.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada a 07 de outubro por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, que causou a morte de 1.197 pessoas, na maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP com base em dados oficiais israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 39.175 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo da Faixa de Gaza, dirigido pelo Hamas.

Últimas de Política Internacional

O coordenador nacional do Comité de Direitos Humanos do partido da oposição Vente Venezuela (VV), Orlando Moreno, exigiu a "libertação imediata" de Luis Palocz, ativista político detido há mais de cinco meses.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, agradeceu ao presidente norte-americano e ao seu Governo o veto único a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que permitia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Um tribunal russo condenou hoje um jovem com paralisia cerebral a 12 anos de prisão por alta traição por ter enviado 3.000 rublos (cerca de 33 euros) a um ucraniano, noticiou a plataforma independente Mediazona.
O ministro da Justiça francês lamentou hoje que as penas impostas a alguns dos detidos pelos graves distúrbios em Paris após a conquista do PSG da Liga dos Campeões "já não sejam proporcionais à violência” que o país vive.
A polícia húngara anunciou esta terça-feira (3 de junho) que proibiu a organização da “Marcha do Orgulho”, prevista para 28 de junho, na sequência da polémica lei que proíbe as manifestações LGBT+ com o argumento da proteção dos menores.
O parlamento da Polónia vai votar uma moção de confiança ao Governo no dia 11 de junho, após a vitória do candidato nacionalista da oposição, Karol Nawrocki, nas eleições presidenciais, anunciou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.
O primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoof, anunciou esta terça-feira a queda de todo o Governo, após a demissão dos cinco ministros ligados ao partido PVV, de Geert Wilders.
O líder do partido PVV dos Países Baixos, Geert Wilders, retirou hoje o partido da coligação governamental, devido a um desacordo sobre a imigração, abrindo caminho para eleições antecipadas.
O conservador Karol Nawrocki venceu a segunda volta das presidenciais de domingo na Polónia, com 50,89% dos votos, contra 49,11% do rival, o liberal Rafal Trzaskowski, após o escrutínio da totalidade dos votos, anunciou Comissão Eleitoral Nacional.
Os dois candidatos da segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, hoje realizada, estão empatados, segundo uma sondagem à boca das urnas, que não permite antecipar um vencedor.