Em declarações aos jornalistas no Curral das Freiras, concelho de Câmara de Lobos, cerca das 13:00, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil referiu que as pessoas retiradas das suas casas, nas zonas da Terra Chã de Cima e Seara Velha, estão a ser acolhidas na igreja local e que o apoio clínico também está assegurado com a abertura do centro de saúde.
A combater as várias frentes ativas estão 54 operacionais, apoiados por 18 viaturas e pelo helicóptero do Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira, além de elementos da PSP e do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza.
O acesso à freguesia, localizada no interior do município de Câmara de Lobos, foi condicionado.
Segundo Pedro Ramos, o incêndio, que começou na quarta-feira de manhã na Serra de Água, no município da Ribeira Brava, está atualmente ativo na Encumeada, naquele concelho, e nas freguesias do Curral das Freiras e do Jardim da Serra, no município vizinho de Câmara de Lobos.
Questionado sobre a necessidade do reforço de meios e pela ajuda que foi disponibilizada pelo Governo da República na sexta-feira, o governante reiterou não ser necessário, justificando que os meios da região “não estão esgotados”.
“Temos 54 operacionais no terreno, de um total de 750 bombeiros. Temos 18 veículos, de um total de mais de uma centena de veículos”, apontou.
Relativamente à possibilidade de a República disponibilizar um meio aéreo de combate aos incêndios (a região apenas dispõe de um), o secretário regional da Proteção Civil disse que demoraria “muito mais” do que um dia a chegar à Madeira, insistindo em que atualmente não é necessário.
“Nós pedimos ajuda a Lisboa se virmos que os nossos meios estão prestes a ser esgotados, que não é o caso, mas agradecemos a disponibilidade”, reforçou.
Pedro Ramos adiantou também que tem estado em contacto com o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Ribeiro, a quem tem dado conta do ponto de situação do incêndio.
O governante disse ainda que as previsões meteorológicas apontam para “uma diminuição dos ventos”, esperando que “durante o dia de hoje as coisas fiquem mais controladas”.
As costas norte e sul da Madeira, assim como as regiões montanhosas, encontram-se hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave numa escala de três), devido ao tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Sob aviso amarelo, o menos grave, está a ilha Porto Santo.