Municípios querem encurtar tempo e burocracia na limpeza de terrenos

As câmaras querem encurtar o tempo e reduzir a burocracia nos processos de posse administrativa dos terrenos privados de mato e de floresta que estão ao abandono para os limpar e, assim, evitar incêndios florestais, defendeu hoje a ANMP.

© D.R.

“O que se pretende é encurtar o tempo para que se possa entrar num terreno e proceder à limpeza”, explicou a presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Luísa Salgueiro, em declarações aos jornalistas em Matosinhos, no distrito do Porto.

Segunda a autarca, atualmente, as autarquias já podem tomar posse administrativa de terrenos privados, mas confrontam-se “com muitos obstáculos do ponto de vista formal e burocrático”.

“Para que uma câmara municipal possa entrar num terreno que sabe que representa riscos tem de percorrer uma série de etapas de um processo administrativo burocrático denso, que implica a obtenção de uma declaração de utilidade pública para, depois, poder entrar nesse terreno e fazer a limpeza”, especificou.

Luísa Salgueiro, que também assume a liderança da Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, salientou que quando a autarquia identifica um terreno que está cheio de mato e que representa riscos, até que possa fazer a sua limpeza “está meses à espera”.

“E quando se torna possível fazer essa limpeza muitas vezes já é tarde. Precisamos que não seja necessária uma declaração de utilidade pública, que não seja necessário estar meses à espera até entrar no terreno”, vincou.

Por isso, o objetivo dos municípios é agilizar este processo e reduzir o tempo de espera e a burocracia, e não tomar posse dos mesmos, proposta que vão enviar ao Governo de Luís Montenegro, contou.

A presidente da ANMP clarificou que os municípios não vão retirar as propriedades a ninguém, não vão expropriar ninguém, não vão ser donos de nada porque a propriedade continua intocável e a ser dos mesmos.

O que está em causa é a possibilidade das autarquias entrarem mais rapidamente na propriedade e procederem à sua limpeza, imputando depois os custos ao seu proprietário, tal como já acontece, salientou.

De acordo com Luísa Salgueiro, a despesa de limpeza ficará sempre a cargo dos proprietários, porque o proprietário de um terreno sabe que para ser proprietário tem de ter as necessárias condições de limpeza, sob pena de pôr em risco os vizinhos.

“Se, porventura, não tiver meios tem de se libertar dessas propriedades. Agora não podem é ter propriedades em mau estado de limpeza que ponham em risco a segurança e até a vida de outras pessoas, como se têm verificado sucessivamente em Portugal”, acrescentou.

Contudo, Luísa Salgueiro defendeu que é importante que os municípios sejam dotados dos respetivos meios financeiros para responder a necessidades como essas.

Últimas do País

O Tribunal de Almodôvar decretou hoje a prisão preventiva do homem suspeito de ter ateado cinco focos de incêndio junto à Estrada Nacional 2 (EN2), entre Castro Verde e Aljustrel, distrito de Beja, revelou fonte policial.
O Ministério Público (MP) acusou 15 arguidos de tráfico de estupefacientes no Bairro do Lagarteiro, no Porto, e em Espinho, foi hoje divulgado.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates considerou hoje que um “lapso de escrita” que em 2024 reavivou o processo Operação Marquês, que “estava morto”, foi a “gota de água” que levou à apresentação de uma queixa contra o Estado português.
A Unicef Portugal e outras quatro instituições, unidas numa "Aliança pela Prevenção", apelam hoje ao Governo para que crie um "novo paradigma de tolerância zero para com a violência na infância" e tome medidas para combater o problema.
Quase 80% dos utentes inquiridos num estudo da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) revelaram um conhecimento inadequado ou problemático dos seus direitos no acesso aos cuidados de saúde.
Cerca de um terço das estações meteorológicas de Portugal continental ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os seus anteriores máximos históricos de temperatura máxima para o mês de junho, segundo o IPMA.
O IRN e o Ministério da Justiça acrescentam que para "tornar mais eficiente a tramitação dos processos, o balcão do Arquivo Central do Porto encerrará, temporariamente, o atendimento presencial, para poder dedicar os seus recursos aos pedidos recebidos por correio e canal 'online'".
As matrículas dos alunos que em setembro vão para o 5.º ano de escolaridade começam hoje e os encarregados de educação devem fazê-lo até ao dia 11 de julho.
O envolvimento da Força Aérea no transporte de emergência médica mantém-se a partir de terça-feira, apesar de já ter sido concedido o visto ao contrato entre o INEM e a empresa Gulf Med, a quem foi adjudicado o serviço.
O fenómeno é particularmente visível no Algarve e na Grande Lisboa, onde há concelhos em que os partos de mães estrangeiras já ultrapassam, e de forma clara, os de mães portuguesas.