Esta ação decorrerá em colaboração com parceiros como a GAVI (Vaccine Aliance, uma parceria público-privada que promove a vacinação de cerca de metade das crianças do mundo) ou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Este é o primeiro resultado da criação, no mês passado, de um mecanismo de distribuição de vacinas, cujo objetivo é levar seis milhões de doses ao continente africano antes do final do ano, como indicou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa, citado pela agência noticiosa espanhola Efe.
“Os países estão a ser informados hoje das alocações” destas doses, disse Tedros Ghebreyesus, que lembrou que posteriormente serão detalhadas quais as primeiras nações que serão beneficiadas.
As vacinas contra esta doença apelidada de varíola dos macacos foram doadas pelos Estados Unidos, Canadá, União Europeia e de 12 Estados-membros e são, segundo Tedros Ghebreyesus, “um passo importante para controlar a mpox”, cujo surto em África a OMS declarou mais uma vez, em agosto passado, um problema de emergência internacional.
O especialista etíope sublinhou que a vacinação é apenas uma das muitas armas para combater o surto, sendo outra muito importante a realização de testes para confirmar a presença do vírus em casos suspeitos.
Neste sentido, lembrou que na República Democrática do Congo (RDCongo), um dos países mais afetados, apenas entre 40 e 50 por cento dos casos suspeitos foram testados.
Na RDCongo e no vizinho Ruanda já começaram as campanhas de vacinação, nas quais já foram inoculadas cerca de 50 mil pessoas, destacou o diretor-geral da OMS.
O alarme da OMS sobre o mpox deve-se à rápida expansão e elevada mortalidade em África da sua nova variante (clade Ib), diferente daquela que causou um surto violento em África em 2022, bem como centenas de casos na Europa, América do Norte e países de outras regiões.
Essa variante menos letal já levou à primeira declaração da emergência sanitária internacional entre 2022 e 2023.