A América foi a eleições e o mundo vibrou com uma campanha eleitoral que a todos mobilizou.
Em Portugal, como tivemos oportunidade de acompanhar nos últimos tempos, a comunicação social teimou em mostrar-nos um mundo a preto e branco, com uma candidata exemplar e um candidato anormal; uma candidata vencedora e um candidato irremediavelmente vencido.
Foi isto durante horas, dias e semanas sem fim.
Na mente de uma pequena parte dos Portugueses, que teima em ver televisão a mais e pensar de menos, ficou a ideia que Kamala era um anjo e Trump o diabo.
Tudo isto foi sempre contra toda a lógica, até que a realidade se impôs à ficção criada e alimentada por uma bolha mediática. Uma realidade que surgiu no dia 6 de Novembro, quando se contaram os votos em urna, e que destruiu a ficcional credibilidade do jornalismo nacional que, há muito, se limita a mero activismo.
O jornalismo e comentariado nacional e internacional trocou desejos por realidades e, ainda hoje, está a ter dificuldades em aceitar a decisão do eleitorado americano. Quando se põe de parte o jornalismo e se troca pelo activismo partidário, este é o resultado. É por isso que, com estas eleições, percebemos que, mais do que a vitória de Trump, confirmamos a monumental derrota do mundo mediático, onde não faltaram, além dos jornalistas, actores de Hollywood e cantores famosos, que se presumem grandes educadores do povo.
Se alguém se dedicasse a fazer uma recolha das asneiras que foram ditas nos media, sobre as eleições americanas, num país a sério, haveria muitos a corar de vergonha e a calar-se para sempre. Afinal, não conheciam a realidade e limitaram-se a pregar em vez de informar.
Habituem-se, senhores jornalistas!
Afinal, na América e no mundo, venceu a decisão do eleitorado. Venceram as classes médias. Venceram os americanos comuns. Venceram os americanos de bem. Venceu a liberdade. Perdeu a intoxicação e a imposição do pensamento único por parte daqueles que se consideram donos e senhores de pessoas livres.
Que Deus abençoe a América e se lembre de todo o mundo!
Vamos precisar!