Relatório denuncia uso de fundos da UE para influência política

Um relatório do MCC Brussels revela que a Comissão Europeia tem utilizado fundos públicos para financiar ONGs e think tanks alinhados com a sua agenda, promovendo uma rede de comunicação e restringindo vozes contrárias. O estudo aponta que os recursos são direcionados a organizações que apoiam maior integração da União Europeia, influenciam políticas nos Estados-membros e moldam a opinião pública.

© D.R.

Entre os casos analisados, destacam-se os 250 milhões de euros destinados ao canal Euronews e 1,5 bilhões de euros para o programa CERV (Cidadania, Igualdade, Direitos e Valores), que financia ONGs e projetos que combatem o euroceticismo. O relatório afirma que esses fundos são utilizados para fortalecer uma rede de entidades que, em vez de atuarem de forma independente, passam a influenciar decisões políticas da Comissão.

O estudo também menciona a atuação direta em países como Polónia e Hungria, onde organizações recebem apoio financeiro para contrariar governos conservadores, sob o argumento de defender valores europeus. Há também referências a um ciclo de financiamento, no qual ONGs beneficiadas pressionam por mais recursos e integração supranacional.

Diante das conclusões, o MCC Brussels propõe a criação do EU DOGE (Departamento de Eficiência Governamental da UE), um órgão independente para fiscalizar e divulgar essas práticas. “Este relatório indica que os riscos para a democracia na Europa não vêm de forças externas, mas da própria Comissão Europeia”, afirma Thomas Fazi, autor do estudo.

Para o eurodeputado António Tânger Corrêa, “as informações apresentadas levantam questões sobre a transparência no uso de fundos públicos e exigem esclarecimentos das instituições europeias.”

Últimas de Política Internacional

As autoridades turcas detiveram hoje 234 pessoas suspeitas de pertencerem a redes de crime organizado, numa grande operação policial de âmbito internacional, foi hoje anunciado.
A União Europeia (UE) quer reforçar o controlo e a responsabilização do comércio internacional de armas, após os 27 terem aprovado hoje uma revisão do quadro sobre esta matéria, motivada pela entrega de armas à Ucrânia.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiro defendeu hoje que é preciso a Rússia seja pressionada para aceitar as condições do cessar-fogo, recordando que a Ucrânia está a aguardar há um mês pela decisão de Moscovo.
O presidente em exercício do Equador, o milionário Daniel Noboa, foi declarado vencedor da segunda volta das eleições de domingo pela autoridade eleitoral do país, derrotando a rival de esquerda, Luisa González.
O Governo moçambicano admitiu hoje pagar três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) à euroAtlantic, pela rescisão do contrato com a estatal Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), mas abaixo da indemnização exigida pela companhia portuguesa.
O presidente da Ucrânia pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque com mísseis balísticos na manhã de hoje contra a cidade de Soumy, no nordeste da Ucrânia, que terá causado mais de 20 mortos.
O líder venezuelano Nicolas Maduro vai visitar Moscovo no próximo mês para participar nas comemorações do Dia da Vitória sobre a Alemanha nazi, que se celebra tradicionalmente a 9 de maio, confirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Os países que apoiam a Ucrânia na defesa do território ocupado por tropas russas comprometeram-se hoje com mais 21.000 milhões de euros para apoiar o país, durante uma reunião do Grupo de Contacto.
As autoridades italianas transferiram hoje o primeiro grupo de imigrantes em situação irregular para os polémicos centros de deportação na Albânia, transformados em estruturas de repatriamento de requerentes de asilo já com ordem de expulsão de Itália.
A inflação na Venezuela fixou-se em 136% em março, em termos anuais, anunciou o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF).