Sindicato convoca greve de guardas na prisão de Tires entre 22 de abril e 31 de maio

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) convocou uma greve para a prisão feminina de Tires, entre 22 de abril e 31 de maio, para exigir mais segurança e o regresso do chefe principal afastado pela direção.

© D.R.

O presidente do sindicato, Frederico Morais, disse à Lusa que a decisão saída do plenário de hoje naquele estabelecimento prisional visa exigir junto da direção de Tires “a implementação de normas e segurança e o regresso do chefe principal” das guardas, colocado e afastado daquela prisão durante o mês de março, por divergências com a atual diretora, Lígia Rebelo.

“O SNCGP não permitirá prepotência nem abuso de poder de quem dirige os estabelecimentos prisionais. Somos uma força de segurança que se rege por normas de segurança e não iremos permitir que ponham em causa o corpo da guarda prisional”, disse Frederico Morais à Lusa.

Os serviços mínimos propostos pelo sindicato preveem diligências sempre que esteja em causa a liberdade ou vida dos reclusos, mas impede atividades de trabalho e limita as visitas a uma por semana, mas a decisão será ainda tomada pelo tribunal arbitral.

O sindicato, que promoveu um abaixo-assinado entre as guardas de Tires para exigir o regresso do chefe principal, que regressou ao estabelecimento da Carregueira, conta com 70% do efetivo de Tires entre os subscritores.

O novo chefe principal foi colocado em Tires no início de março, mas foi-lhe ordenado o regresso ao local de origem, o estabelecimento da Carregueira, algo motivado por divergências com a diretora-geral da prisão feminina, após o novo responsável ter apontado à direção do estabelecimento prisional “falhas graves de segurança”, explicou à Lusa Frederico Morais, presidente do SNCGP.

Na sequência de uma queixa ao diretor-geral da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) apresentada pela diretora do estabelecimento de Tires, “que não gostou de ser confrontada” com as falhas de segurança apontadas, o chefe principal, colocado na cadeia feminina após a reforma do anterior chefe principal, foi transferido, voltando à Carregueira.

Entre as falhas de segurança apontadas estão a “falta de guardas, excesso de atividades desnecessárias, excesso de saídas ao exterior para atos médicos desnecessários e necessidade de reorganização de escalas”.

A chefia das guardas em Tires foi entretanto assumida pela guarda adjunta do comissário que se reformou.

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