Ataques aéreos russos aumentam e pressão sobre Moscovo é “insuficiente”

Os ataques aéreos russos contra a Ucrânia estão a aumentar, mostrando que a pressão internacional sobre Moscovo é "ainda insuficiente", disse hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

“O número de ataques aéreos está a aumentar”, escreveu o líder ucraniano nas suas redes sociais, após mais uma noite de ataques, que causaram pelo menos um morto e três feridos em Kiev, a capital; um morto na região de Kherson, no Sul do país; e dois feridos na região nordeste de Kharkiv.

“É assim que a Rússia revela as suas verdadeiras intenções: continuar a semear o terror enquanto o mundo lhe permitir”, acrescentou, contabilizando que, na semana passada, as forças de Moscovo lançaram “mais de 1.460 bombar aéreas guiadas, cerca de 670 drones de ataque e mais de 30 mísseis”.

Segundo constataram jornalistas da agência francesa AFP no local, ouviram-se explosões durante a noite em Kiev e uma coluna de fumo negro pairava sobre a capital esta manhã.

Os ataques causaram incêndios em edifícios não residenciais, danificando um centro de negócios, uma fábrica de móveis e armazéns.

“Uma pessoa foi morta e três ficaram feridas, duas das quais firam hospitalizadas”, referiu o chefe da administração militar de Kiev, Tymur Tkachenko, nas redes sociais.

“A pressão sobre a Rússia é ainda insuficiente e os ataques diários russos sobre a Ucrânia provam-no”, frisou Zelensky, que tem pedido mais sanções económicas contra Moscovo.

A Rússia lançou esta madrugada um “ataque maciço” contra a Ucrânia, “utilizando mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones”, declarou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko.

Segundo a força aérea ucraniana, foram lançados 23 mísseis de cruzeiro e balísticos e 109 drones, que causaram danos em seis regiões do país.

A vaga de ataques russos acontece um dia depois de Kyiv ter negado que tenha atacado 14 instalações energéticas em solo russo.

Na sexta-feira, um ataque russo fez 18 mortos, entre os quais nove crianças, perto de um parque infantil em Kryvyi Rig, cidade natal de Zelensky, na região Centro do país.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e, em setembro, anexou as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, apesar de não as controlar totalmente.

A Federação Russa já tinha anexado a península da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nas cinco regiões.

Últimas do Mundo

A polémica explode poucos dias antes da abertura da primeira loja física da gigante asiática Shein em Paris. Bonecas sexuais com aparência de crianças, com cerca de 80 centímetros e representadas a segurar peluches, colocaram a marca sob fogo cerrado.
Pelo menos dez pessoas ficaram feridas, quatro em estado grave, após um condutor atropelar deliberadamente peões em vários locais de Île d’Oleron, no oeste da França, antes de ser detido, declarou hoje o Ministério Público local.
A Comissão Europeia quer a União Europeia (UE) ligada por linhas ferroviárias de alta velocidade até 2040, incluindo a ligação entre Lisboa e Madrid, e criar um único bilhete intermodal para combinar diferentes empresas e modos de transporte.
Cerca de 120 mil pessoas permanecem abrigadas em centros de evacuação ou com familiares em Cuba, após a passagem do furacão Melissa pela costa leste da ilha, na quarta-feira passada, segundo dados preliminares.
Um britânico de 32 anos foi esta segunda-feira, 3 de novembro, acusado por tentativa de homicídio durante um ataque num comboio no sábado que resultou em 11 feridos, um dos quais continua em estado grave, anunciou a polícia.
A rede social LinkedIn começou esta segunda-feira a usar dados dos utilizadores para treinar o seu modelo de inteligência artificial (IA), mas existem medidas para impedir essa recolha, incluindo um formulário e a desativação nas definições de privacidade da plataforma.
O presidente do governo da região espanhola de Valência, Carlos Mazón, demitiu-se hoje do cargo, reconhecendo erros na gestão das cheias que mataram 229 pessoas em 29 de outubro de 2024.
Os países da OCDE, como Portugal, receberam, nos últimos 25 anos, mais de metade de todos os migrantes internacionais do mundo, avança um relatório hoje divulgado.
Um em cada cinco médicos e enfermeiros a trabalhar nos sistemas de saúde dos 38 países-membros da OCDE, como Portugal, é migrante, avança um relatório hoje divulgado pela organização.
Uma em cada três empresas alemãs prevê cortar postos de trabalho em 2026, segundo a sondagem de expetativas de outono apresentada hoje pelo Instituto da Economia, próximo do patronato germânico.